A aposta do PP é no tempo de exposição da pré-candidata Dalvânia Cardoso para as eleições de 15 de novembro em Içara. Candidata derrotada na eleição passada, Dalvânia está desde então trabalhando para concorrer agora. "Temos trabalhado as pessoas. Nos causa surpresa que outros grupos estejam falando isso, quando na verdade ficaram quatro anos sem olhar no olho das pessoas", afirmou o presidente do PP içarense, advogado Marcel Lodetti Fábris, em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta quinta-feira, 6, na Rádio Som Maior.
"Nossa pré-candidata fez isso incansavelmente nos últimos seis anos, ela esteve na ponta, esteve com as pessoas, olhou no olho de cada um, seja do pequeno, do agricultor, ao grande empresário. A partir dessa circunstância foi criado um ambiente com as pessoas, para uma composição com as pessoas, em um grande projeto com a cidade" defendeu o presidente, reforçando o discurso de contraponto ao atual governo, de Murialdo Gastaldon (MDB).
Fábris observou que o PP ataca em duas frentes na busca de aliados. "Temos conversas com a ala das pessoas sem filiação partidária, cidadão comum, pagador de impostos, que representa mais de 95% dos eleitores, essas pessoas estão sendo ouvidas nos últimos anos. E temos a conversa com as pessoas que, por questão legal, estão filiadas
os filiados de outros partidos, construindo um grande projeto para a cidade. Esse projeto está sendo alinhavado em cima da mudança, em cima de um projeto de mudança
Içara precisa de um norte diferente", reiterou.
"A situação tem dois candidatos"
Penúltimo a falar na ordem alfabética que pautou a abordagem da Som Maior e do 4oito, o presidente do PP aproveitou para comentar falas anteriores, de representantes do PSD, MDB e PSL. "Ficou bem claro nas entrevistas anteriores de que a atual administração, o partido que comanda a cidade possui dois candidatos, um do partido do prefeito e outro do prefeito", destacou. "A situação da cidade tem dois candidatos. Das candidaturas de mudança, a única pré-candidatura que representa mudança com experiência é a da Dalvânia Cardoso, presente nas 49 comunidades", frisou.
O presidente defendeu o que chamou de "tripé baseado na dignidade da pessoa" para sublinhar o projeto do PP para Içara. "Precisamos gerar empregos, trazer dinheiro novo para Içara, fortalecer a indústria, trazer indústrias e empresas novas que gerem receita nova, com isso gera-se emprego, e com emprego, nós criamos mais duas situações: a saúde, um ponto muito falho no município, e essas pessoas pagam seu plano de saúde, e temos condições de investir mais no SUS, na saúde pública", afirmou. "É inadmissível que em 2020 tenhamos em Içara fila de dez meses para simples exames, para cirurgias eletivas e consultas", criticou.
Para Fábris, a educação é a pauta que fecha o principal do projeto progressista. "Fecha o ciclo da dignidade na questão da liberdade dos pais, da educação dos filhos, vagas em creches e escolas no período em que os pais precisam para trabalhar", comentou.
Realinhar a administração
Os empréstimos feitos pela atual administração para proporcionar investimentos em infraestrutura foram citados por Fábris. "A cidade fez investimentos mas com dinheiro emprestado. A primeira ação é realinhar a administração, a estrutura administrativa, terá que ser enxuta e mais ágil", referiu.
Sobre a busca por aliados, o presidente reconheceu um alinhamento do PP com o PL e o DEM, e a busca de conversas com PTB e PSL. "Não temos conversas com todos os grupos que fazem parte da atual administração, os partidos de esquerda e os que cotidianamente fazem negociatas atrás de mesas e na capital do Estado", disparou.
Sem conversas com o PSD
A respeito do PSD, que lançou o vereador Alex Michels como pré-candidato a prefeito, Fábris negou conversas. "Não temos conversa institucional com eles, pedimos para que eles se afastassem do governo para que tratássemos de algum encaminhamento, os cargos continuaram. Uma grande parte dos pré-candidatos a vereador estavam ou ainda estão no governo, com quem está no governo não tem condição de continuar conversando", defendeu.
A forma de campanha vai mudar, e bastante. Por conta da pandemia de Covid-19, há uma série de limitações. "Com isso, vamos reforçar as mídias sociais. Mas no nosso caso a Dalvânia já foi na cidade inteira ouvir as pessoas, então fica mais fácil e mais leve para nós fazer a eleição desse ano", concluiu.