Uma noite de quarta-feira (30) de reforços para o Progressistas em Criciúma. O partido filiou os vereadores Julio Kaminski e Manoel Rozeng. O ato, no clube União Mineira, no Bairro Santa Bárbara, confirmou as pré-candidaturas de Kaminski a deputado estadual e do ex-deputado Valmir Comin que buscará uma cadeira na Câmara Federal.
Com as novidades, o PP deixa de ser bancada de um só no Legislativo de Criciúma e passa a ser o segundo partido mais representado, com três. Kaminski e Rozeng somam-se a Miguel Pierini, primeiro suplente em exercício na vaga do titular Miri Dagostim, que é secretário municipal de Educação. O embarque de Kaminski e Rozeng no Progressistas significa, também, a confirmação de ambos na bancada governista na Câmara.
"Eu não tinha como ficar"
Questionado sobre as razões da sua saída do PSL, pelo qual foi eleito em 2020, Julio Kaminski lembrou que garantiu na Justiça o direito de se desfiliar quando da fusão do seu antigo partido com o DEM, o que deu origem ao União Brasil. "Eu me desfiliei do PSL baseado em liminar por eu não concordar com o conteúdo programático, o PSL tinha um conteúdo, o União Brasil foi dito que seria a mesma coisa, acabou não sendo. Eu não tinha como ficar num partido cujo conteúdo programático era diferente daquele que eu já estava e dentro de uma linha que eu já defendo, que é meu norte de trabalho. Esse foi o principal propósito da saída do PSL", afirmou.
Kaminski contou que tinha convites de quatro siglas. "Abriu uma oportunidade, quatro partidos me procuraram, entre os partidos que conversaram, aquele que se alinhava melhor, com melhor conteúdo, idêntico ao que eu defendo, optei pelo Progressistas", salientou.
O vereador está otimista para a empreitada que assume, de representar o partido como candidato a deputado estadual. "Eu vejo que a conversa que a gente vem tendo, vem fazendo com o próprio partido é no sentido de que o partido vem com 41 candidatos a deputado estadual, vem nominata completa para federal e esse fortalecimento na região, trazendo de volta o PP com cadeira de Criciúma, voltar a ter as três cadeiras do Sul que sempre teve. Vamos brigar para uma cadeira ser de Criciúma e colocar de novo o PP na Alesc", frisou.
Ele fará dobradinha com o ex-deputado Valmir Comin, que concorrerá a deputado federal pelo PP. "Cumprindo essa missão em casamento com o Comin para trazer de volta o PP tanto com cadeira federal quanto estadual", emendou. Ouça a entrevista do vereador Kaminski no podcast:
Rozeng quer continuar suas lutas
Eleito para seu primeiro mandato na Câmara pelo Democratas em 2020, Manoel Rozeng parte para o PP em busca de espaço para continuar lutando pelas causas que o levaram ao Legislativo. "Mudei porque o PP me apresentou oportunidades de desenvolver o trabalho que a gente vem tentando fazer há quase 30 anos. São duas áreas muito difíceis de trabalhar, precisa de muito apoio, muito engajamento, muita responsabilidade para lutar pela causa, e o PP me deu essa esperança de que poderemos fazer um bom trabalho para elaborar, construir e propor politicas públicas que fazem frente ao problema das drogas e da saúde mental", defendeu.
O vereador reconheceu que a fusão do DEM com o PSL também interferiu na sua posição partidária, a exemplo do que aconteceu com Kaminski. "A gente vai pensando que será para sempre aquele apoio, aquela união, precisa somar para lutar por causas difíceis. Eu, depois da fusão, percebi que muitos que vieram para o partido não comungavam, pelo menos por trás, nos bastidores, desse mesmo objetivo. Eu vi algum enfraquecimento para lutar pela causa e também a questão da incompatibilidade. Eu percebi uma mudança no conteúdo programático do partido e tudo isso me fez repensar a minha permanência lá e optar por migrar para um partido que me desse as oportunidades que eu sempre busquei para defender essa causa como merece ser defendida", registrou.
Ouça a entrevista do vereador Rozeng no podcast:
Comin e o fortalecimento do PP
A reestruturação do PP vem entusiasmando o ex-deputado estadual Valmir Comin, que prestigiou as filiações de Kaminski e Rozeng ao partido. "O partido vem se reestruturando e nós temos colocado sempre que um colégio eleitoral com 140 mil eleitores precisa ter representatividade. E o Sul sempre teve um federal e três estaduais pelo PP, e nesse último pleito ficamos sem federal e um estadual", observou. "A linha agora, com as vindas dos vereadores Manoel e Kaminski, é a reestruturação e o fortalecimento do partido, com a pré-candidatura do Kaminski a estadual e nós nos colocando como pré-candidato a federal", sublinhou.
Comin confirmou que se colocou à disposição para concorrer a deputado federal. "Eu disputei nove eleições na minha vida, entre as quais cinco mandatos como deputado estadual. E coloquei às lideranças do partido que o Progressistas não ficaria sem soldado para disputar a cadeira na Câmara Federal. Por essa razão fui motivado a colocar o nome à disposição e sou sim pré-candidato. Se Deus permitir e os amigos ajudarem vou me somar às lideranças para trazer investimentos para Criciúma e região", finalizou.
Ouça a entrevista do ex-deputado Comin no podcast:
As bancadas
Com os acréscimos, o PP passa a ter três vereadores na Câmara de Criciúma. Só tem menos que o PSDB, com seus seis parlamentares. O PSD passa a terceiro com dois vereadores. Os demais partidos tem um cada: União Brasil, PCdoB, PL, MDB, Avante e PDT.
(Colaboração: Marcos Dávila / Rádio Som Maior)