O prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, voltou a criticar a Câmara de Vereadores no município. A crise política entre legislativo e executivo movimentou os bastidores desta quinta-feira, 2, data em que o prefeito saiu de férias e passou o bastão, pelos próximos 20 dias, ao vice, Ademir de Oliveira. Segundo Arlindo, os vereadores se opõem, desde o começo, ao modelo de administração proposto.
"Fizemos uma proposta de gestão técnica, profissional, para Maracajá. Antes sempre foi muito política, em que os cargos eram distribuídos pela força política. Nos últimos três anos, Maracajá não colocava quase nada em orçamento próprio para investimentos. Fechamos 2019 com aproximadamente de R$ 3 milhões em investimentos", afirmou Arlindo Rocha em entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Som Maior.
"A Câmara sempre teve muito confronto com essa forma de governar. Mandamos o orçamento e a Câmara colocou diversas emendas, que só pode haver remanejamento de verba de um departamento para o outro com aprovação dos vereadores. O orçamento é uma previsão do que poderá arrecadadar e de onde vai gastar. Se houver economia, não poderei colocar em outra área", acrescentou o prefeito.
Mais cedo, Arlindo Rocha disse, inclusive, que a coleta de lixo pode ser suspensa no município. O prefeito afirma que, com as emendas aprovadas pela Câmara, limitam o remanejamento das verbas para apenas 5%. O prefeito vetou as emendas, mas elas só serão votadas novamente em fevereiro, quando retorna o trabalho na Câmara."Praticamente tira toda a autonomia do executivo e passa para o legislativo. Se não tem votação do orçamento, seja qual for, nós não podemos gastar, mesmo tendo dinheiro em caixa", concluiu.