A partir do decreto de lockdown na Amurel, que vigora desde sexta-feira, 17, e começou por Tubarão, chegando depois a todas as 18 cidades da região de Laguna, a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) reuniu seus prefeitos na tarde desta terça-feira, 21, para deliberar sobre o tema. Os chefes de Executivo decidiram manter o status atual, de respeito ao decreto estadual - que suspendeu transporte coletivo e concentração em praças, parques e praias - mas descartando a possibilidade de um lockdown.
"Não vamos parar nada", comemorou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, confirmando a decisão. "Os doze prefeitos tomaram essa decisão, todos trabalhando de forma normal. Com os devidos cuidados, mas de forma normal", acentuou.
Salvaro lembrou a necessidade dos cuidados redobrados, mas salientou que a economia precisa se manter aquecida. "É preciso que todas as pessoas tomem cuidado, mas também, é preciso trabalhar, podemos preservar a vida, a saúde das pessoas sem prejudicar tanto a economia e o nosso orçamento familiar", sublinhou.
E quem precisa trabalhar?
O prefeito de Criciúma fez uma crítica ao lockdown. "Porque defender o tal de lockdown é fácil pra quem está com o salário garantido, pra quem está com o dinheiro do rancho garantido. Para aqueles que precisam trabalhar? Como fica?", indagou. "Vamos todos trabalhar com cuidado", reiterou.
Salvaro lembrou, ainda, da ocupação de leitos de UTI na região. "Dos 28 leitos de UTI, sete ocupados por pessoas de nossa cidade", concluiu.