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Presidente da Alesc é preso durante Operação Alcatraz

Ação apura supostos crimes de corrupção, fraude de licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa em SC

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 19/01/2021 - 10:47 Atualizado em 19/01/2021 - 13:23
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado Júlio Garcia (PSD), foi preso pela Polícia Federal durante a segunda fase da Operação Alcatraz na manhã desta terça-feira, 19. A investigação apura supostos crimes de corrupção, fraude de licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa no estado catarinense.

O mandado expedido pela PF prevê a prisão domiciliar ao deputado. Segundo informações da NSC Total, Júlio está neste momento na sede da Polícia Federal, em Florianópolis, para prestar esclarecimentos. 

Chamada de “Hemorragia”, a segunda fase da operação tem como foco contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Ao longo da investigação, a Receita Federal levantou documentos para a PF, Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público de Contas (MPC) que apontam processos de empresas subcontratadas para recursos de fachadas que, na verdade, serviriam para o pagamento de propina para agentes públicos e políticos.

A informação apontada pelos investigadores é de que valores destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) foram desviados durante o processo. A prisão de Júlio Garcia remete à sua relação com o empresário Jefferson Colombo, dono de uma das empresas de tecnologia que supostamente teria sido contratada de fachada para a prestação de serviços da empresa responsável pela administração da SC Saúde. 

Segundo denúncia do MPF, Jefferson seria o operador financeiro de um acordo com o presidente da Alesc. O deputado negou a relação irregular com o empresário, afirmando que ele recebia valores de Jefferson referentes a um empréstimo que havia feito e que estaria sendo pago pelo empresário.

Jefferson, inclusive, também foi preso preventivamente. Ao todo, foram expedidos 20 mandados de prisão em Santa Catarina - 11 de prisão preventiva e outros 9 de prisão temporária nos municípios de Florianópolis, Joinville e Xanxerê. 

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