Preso na Operação O2, vereador também tem contrato com prefeitura 

Preso por fraude no caso da venda dos 200 respiradores ao Governo de Santa Catarina, o presidente da Câmara de Vereadores de São João de Meriti, no Rio de Janeiro Davi Perini Vermelho, também tem contratos suspeitos com a prefeitura da cidade onde ele foi eleito para ajudar a população e não para fazer negócios.

Reportagem da TV Globo descobriu que a Veigamed, a mesma empresa que recebeu os R$ 33 milhões de forma antecipada, firmou contrato de mais de R$ 2 milhões com o Executivo da cidade carioca em fevereiro do ano passado. Conforme a matéria, os integrantes da Operação Oxigênio foram quem descobriram que o vereador tem ligação com a empresa. Ele é aliado do prefeito de São  João de Meriti

Vermelho não aparece oficialmente como sócio da empresa, mas a operação aponta que é ele quem negociava os contratos. Devido aos fatos revelados recentemente, os demais vereadores tentam casar o mandato do presidente, mas segundo o repórter da TV Globo, Diego Haidar, a última sessão que estava agendada para o último dia 9 de junho foi cancelada com a justificativa da pandemia. 

O jornalista foi ainda no endereço indicado como sede da Veigamed e confirmou o que a investigação já havia mostrado: no local fica uma casa. Questionados por Haidar, moradores das proximidades dizem que nunca viram movimento no imóvel.

Em abril deste ano, a prefeitura de São João de Meriti assinou contrato de mais de R$ 3,5 milhões  para a compra de material médico hospitalar, detalhe é o nome da empresa: Veigamar, muito semelhante a Veigamed. Porém, em uma pesquisa, o repórter não encontrou nenhuma empresa com este nome.

Como resposta, a Administração do Município disse que não consta em nenhum documento do processo licitatório a participação do vereador como sócio, proprietário´rio ou controlador da Veigamed e o contrato com a Veigamar foi suspenso por motivos técnicos e o processo será anulado.