A pandemia elevou a demanda por profissionais qualificados na área de tecnologia da informação. Santa Catarina tem neste momento mais de 2.500 vagas em aberto. Para reduzir esse déficit, que afeta principalmente as empresas do setor, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) vai investir R$ 4 milhões para formar 1.260 novos desenvolvedores.
O Programa de Apoio a Curso de Formação de Desenvolvedores para Tecnologia de Informação - TI no Ecossistema de Inovação de Santa Catarina foi lançado na última segunda-feira, 27, em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). “Essa chamada pública vem atender a uma demanda do mercado de Santa Catarina, não só de tecnologia. Hoje, com a pandemia, acelerou o processo de digitalização e os avanços tecnológicos em todos os tipos de empresas”, afirmou o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen.
Santa Catarina é destaque nacional no setor de tecnologia, com 12 mil empresas, geração de mais de 60 mil empregos diretos e um setor que fatura anualmente mais de R$ 18 bilhões. O maior desafio para a área é conseguir profissionais qualificados, alertou o presidente da Acate, Iomani Engelmann: “Nossa perspectiva, em um estudo recente que fizemos, é abrir 16 mil novas vagas até 2023. Para isso, estamos contando com a Fapesc, neste edital para programadores. É algo inédito no nosso Estado”.
Pela chamada pública 42/2021, serão destinados R$ 4.032.000,00 às universidades comunitárias, para desenvolverem cursos na forma de programas de extensão universitária, com carga horária de 600 horas. Essa formação permitirá aos alunos terem competências em programação e desenvolvimento de sistemas. Além da formação de novos desenvolvedores, o programa fará ainda a ponte entre os estudantes e o mercado, papel que será executado pela Acate, ao conectar esses alunos às empresas.
As 1.260 vagas oferecidas para formação de profissionais de TI estão divididas entre as seis regiões de Santa Catarina. Cada uma contará com 210 oportunidades.