Com o aval da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, um projeto de lei que proíbe o uso de telefone celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis por alunos da educação básica em escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas, será analisado agora, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proibição precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores. O assunto que ganhou repercurssão nacional e divide opiniões. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior, na manhã desta quinta-feira (21), a doutora em Psicologia pela Ufsc, Patrícia Fiuza e a Doutora em Educação e pesquisadora em Educação e Tecnologias da Unesc, trouxeram em detalhes o impacto que o uso excessivo de celulares e redes sociais tranferem à saúde mental e educação. “O prazer imediato proporcionado pelas telas, embora atraente, é fugaz e cria uma necessidade constante de mais estímulos. Esse ciclo pode resultar em perda de concentração, dificuldades na aprendizagem e comprometimento da criatividade, uma vez que o cérebro não está sendo desafiado a manter o foco em tarefas mais criativas", destaca Graziela.
Além disso, a exposição excessiva a conteúdos digitais pode afetar a saúde mental. O constante estado de alerta, causado pela ansiedade de não perder atualizações ou notificações, contribui para o estresse e outros problemas psicológicos, como depressão e ansiedade. “A sensação de estar sempre disponível, sem poder desconectar, é um risco para a saúde mental, especialmente em jovens e crianças”, acrescenta Patrícia. A solução, segundo as especialistas, passa por uma abordagem equilibrada. "O letramento digital crítico, que inclui educar sobre o uso consciente das tecnologias, é fundamental para ajudar crianças e jovens a desenvolverem uma relação saudável com o mundo digital. Como as escolas têm um papel crucial nesse processo, mas o apoio às famílias também é essencial para garantir que o uso de dispositivos móveis e redes sociais seja moderado e responsável", reforça.
Ouça na íntegra a entrevista da a psicóloga e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Patrícia Fiuza e a predagoga e pesquisadora em Educação e Tecnologias, do Progama de Pós Gaduação da Unesc, Graziela Giacomazzo, ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior: