Em visita à Rádio Som Maior, o ex-governador e ex-senador, Raimundo Colombo (PSD), falou sobre o atual momento vivido por Santa Catarina, citando a pandemia, o afastamento do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e a posse da vice Daniela Reinehr (sem partido), como governadora interina. “É com muita tristeza que vimos tudo isso. Quem perde é a população. Colocamos uma pessoa inapta e as consequências são essas. As relações com investidores, com a sociedade organizada, quando é transitório é mais complicado”, falou.
Para Colombo, o cenário aponta para o retorno de Moisés ao comando do estado. “O cenário é de que ele retorne. Este modelo do impeachment aponta que precisa de dois terços, ou seja, oito votos para o impeachment. Já a questão dos respiradores é mais grave, embora a Polícia Federal não aponta ele como participante direto, mas o crime foi cometido. Pode ser discutido por quem, mas houve”, salienta.
Com a experiência de dois mandatos como governador, Raimundo Colombo disse que a sociedade espera que o governo seja ativo. “Que cuide da população. O governo tem que liderar a sociedade”, enfatizou.
Para o ex-governador, a pandemia destacou o protagonismo dos prefeitos. “A pandemia fortalece os prefeitos que vão à reeleição pela falha que houve do Governo Federal e a ausência do Governo do Estado. Quem encabeçou as ações foram os prefeitos. Quem fez um bom trabalho e conseguiu realizar bem este trabalho encaminha uma reeleição”, salientou.
Sobre o desempenho do PSD, seu partido, nas eleições municipais deste ano, Colombo falou que são menos candidatos, mas garantiu que terá um aproveitamento melhor. “Passaremos de 50 prefeitos eleitos. Teremos um bom desempenho, embora com número menor de candidatos. Temos cinco grandes municípios com favoritos”, disse.
Raimundo Colombo ainda comentou sobre as eleições dos Estados Unidos, ocorrida nessa terça-feira, 4, cujos votos estão sendo apurados. “Os Estados Unidos tiveram algumas políticas de proteção interna que teve um grande agrado. O ideal é nós melhorarmos a relação. Esta nossa dependência da Ásia é um problema. Nós fizemos a escolha de um presidente nos EUA claramente, e se ele perder a gente vai ficar muito mal. isso aconteceu na Argentina também”, citou.
O ex-governador esteve na Rádio Som Maior acompanhado do deputado federal Ricardo Guidi (PSD), que falou do projeto do Refis, sua iniciativa. “Ele foi pensado em um momento que a pandemia estava começando e tudo estava fechado. Estamos conversando com os setores do governo que pedem para esperar e a crise não foi tão grave como se dizia. Acredito que passando a pandemia volte a ser debatido. Muitos setores tiveram baque grande, mas outros estão menores. Muitos vão precisar do Refis para manter as portas abertas. Acredito que vai caminhar mesmo depois do período de calamidade”, relatou.