Os metalúrgicos da empresa Sical, de Criciúma paralisaram as atividades na manhã dessa terça-feira, 3. O motivo é a falta de acordo com relação ao aumento salarial. Conforme o presidente do sindicato laboral, João Batista da Silva, o Boca, os trabalhadores pedem 3,11% de aumento, enquanto o sindicato patronal oferece apenas o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é de 2,46%. “No Caravaggio ofereceram 3% e aceitamos. Se em Criciúma oferecer o mesmo 3% a gente fecha. Está pendendo meio por cento. Eles não estão reconhecendo os trabalhadores e a única alternativa foi a greve”, fala.
O presidente do Sindimetal, José Carlos Sprícigo, que representa as empresas que atuam no setor alega que a paralisação pegou eles de surpresa.
"Não esperávamos As conversações vinham acontecendo e do nada isso! Eles dizem que aceitam 3% mas esse foi um ano muito difícil. No Caravaggio é apenas Nova Veneza. Nós no Sindimetal representamos 28 cidades, de Criciúma a Passo de Torres. Muitas dessas empresas são pequenas e encontram-se em dificuldades", afirma Sprícigo.
Ainda de acordo com o presidente, o sindicato patronal está disposto a negociar, mas é preciso ter controle. "Os parcelamentos do governo federal caem todos agora nesse mês e ainda temos a primeira parcela do décimo terceiro salário. Por isso pensamos em manter o reajuste com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e no ano que vem voltarmos a conversar sobre novo reajuste. Importante dizerque estamos dispóstos a conversar", encerra
O presidente do Sindimetal.
O Sindimetal responsável por 28 cidades conta hoje com 7 mil associados. Nessa quarta-feira, 04, uma reunião virtual, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, vai colocar novamente o sindicato dos trabalhadores diante do sindicato patronal para buscar um acordo.