O oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, 22 anos, em Imbituba, em maio do ano passado, vai responder ao crime de feminicídio com o agravante de motivação fútil. A versão do Ministério Público indica que o crime ocorreu após grande consumo de drogas por parte do réu. A vítima teria encontrado o suspeito em situação crítica e telefonado para a cunhada. A irmã do réu então teria ido até a casa do casal para acudir ao homem.
Depois que a cunhada deixou a casa, o homem teria se irritado que a vítima teria denunciado à família o seu problema com drogas e espancado a namorada até a morte. Depoimentos de familiares apontam para outra versão, na qual o homem, titular de um cartório, teria comportamento sem violência, com consumo moderado de álcool e eventual de drogas.
Pelo confronto de versões, o acusado entrou com pedido para exclusão da motivação fútil, um agravantem casos de feminicídio. Porém, foi rejeitado pelo 2º Grupo de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
"Dessa forma, nesse verdadeiro `mix' de informações e interpretações que circundam o caso, todas com elementos que podem lhes dar uma ideia de veracidade, a avaliação não apenas da autoria e materialidade, mas também das circunstâncias qualificadoras inerentes ao ocorrido, cabe única e exclusivamente ao Conselho de Sentença", concluiu o relator, o desembargador Zanini Fornerolli.
Paulo Odilon responderá por homicídio qualificado com três agravantes: motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. A pena mínima é de 12 anos e máxima de 30.