O desembargador Ricardo Roesler, presidente do Tribunal Especial de Julgamento, acatou o pedido do deputado Valdir Cobalchini (MDB) para suspender a sessão da próxima segunda (14), onde seria decidida a continuidade ou não do segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés.
Cobalchini, que foi relator da matéria na Comissão Especial que deu parecer para a admissibilidade do processo de impeachment, baseou seu pedido na necessidade de receber oficialmente o relatório da Polícia Federal que considera que não indícios de crime praticado por Moisés no pagamento antecipado de R$ 3 milhões por 200 respiradores junto à empresa Veigamed, sem a garantia de entrega.
A PF investigou o caso a pedido do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, que ainda aguarda a manifestação da Procuradoria Geral da República sobre o caso, que subiu à corte por incluir a palavra governador em uma das conversas interceptadas do empresário Samuel Britto Rodovalho, durante a investigação da Operação Oxigênio, força-tarefa que reúne o Ministério Público Estadual, a Polícia Civil e o TCE.
Sem prazo
Como tanto o Legislativo quanto o Judiciário começam o recesso na próxima quinta-feira (17), não há previsão para que a sessão do Tribunal Especial misto seja realizada ainda este ano.
Cobalchini tem receio de que dê um voto favorável ou contrário à continuidade do processo seja rechaçado em função do parecer da Polícia Federal, que só foi revelado pela imprensa, até porque muitos pontos do inquérito no STJ estão sob segredo de justiça.