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Rosa Weber nega liminar da Alesc e Júlio Garcia segue preso e afastado do mandato

Decisão foi tomada na noite desta sexta-feira, antevéspera do final do plantão do Judiciário, e poderá ser modificada pelo ministro Edson Fachin

Upiara Boschi/NSC Total Brasília, DF, 30/01/2021 - 07:49 Atualizado em 30/01/2021 - 07:54
Foto: Divulgação
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A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liminar da Assembleia Legislativa contra a decisão da juíza federal Janaina Cassol Machado que mantém a prisão preventiva e o afastamento de Júlio Garcia (PSD) dos cargos de deputado estadual e presidente do parlamento estadual. A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira, antevéspera do final do plantão do Judiciário, e poderá ser modificada pelo ministro Edson Fachin, responsável pela análise dos recursos referentes à Operação Alcatraz.

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​Entenda as acusações:

Por ser vice-presidente da corte, Rosa Weber é responsável pelos pedidos de liminar até o final de fevereiro. Ela recebeu na terça-feira a reclamação da Alesc contra a posição de Janaina Cassol Machado de não aceitar a resolução aprovada em plenário no dia 21 de janeiro, quando 30 dos 40 deputados estaduais votaram pela revogação da prisão preventiva e também do afastamento do mandato e da presidência. A juíza entende que apenas a prisão poderia ser avaliada pelos parlamentares - como determinam as constituições estadual e federal.

Rosa Weber deu, então, 24 horas para manifestação da juíza da Alcatraz e outras 24 horas para parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras. O prazo se encerrava na tarde desta sexta-feira. Aras apresentou parecer no início da tarde desta sexta-feira em que concordou com a argumentação da Alesc de que a jurisprudência do STF autoriza que medidas cautelares da Justiça que imponham restrição ao mandato parlamentar sejam autorizadas pelo plenário. 

Foi com base nessa interpretação que a Alesc aprovou a resolução revogando a prisão - o que está expresso nas constituições federal e estadual - e também o restabelecimento do mandato de deputado estadual e a presidência da Alesc. Além disso, a redação final da resolução estabeleceu que Júlio Garcia ficaria imune de outras decisões da juíza no âmbito da Operação Alcatraz.

Por estar em segredo de justiça, o site do STF não apresenta detalhes sobre a decisão de Rosa Weber. Certo é que sem a liminar, Júlio Garcia estará ausente de sessão de segunda-feira da Alesc em que será realizada a eleição de seu sucessor no comando do parlamento estadual - o nome já está previamente definido, Mauro de Nadal (MDB).

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