O principal fato político da região na última semana foi a saída do prefeito de Forquilhinha, Dimas Kammer, do Partido Progressita. O mandatário comunicou o presidente do PP que faria a desfiliação durante a semana e anunciou apoio ao pré-candidato Geovane de Godoi, do PL.
O presidente do PP, Fabrício Ferreira, confessou que a decisão pegou o partido de surpresa. "A gente fica triste, é um parceiro de anos, tem uma trajetória grande dentro da política", comentou. Dimas entrou para o PP em 1996 e foi eleito por quatro mandatos como vereador antes de assumir a principal cadeira do Poder Executivo.
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As divergências existiam dentro do PP, confirmou o presidente que também é secretário de Saúde do município. "Na eleição para a executiva no ano passado o Dimas me convidou para ser presidente e eu não concordei. Na minhã visão era para ser ele e o Lei, presidente e vice-presidente, ou vice-versa, até para quebrar as conversas que já exisitiam naquela época, de que havia um racha interno", contou. "Há sim uma disputa interna dentro do partido. Isso é sádio", emendou. Na eleição, então, Ademir Pola ficou com a presidência do partido e Fabrício como vice-presidente. Ele assumiu a presidência após Pola se afastar por ser pré-candidato a vereador.
Fabrício, que também é secretário de Saúde de Forquilhinha, não deixou de elogiar o atual prefeito e afirmou que não tinha preferência entre ele ou Lei Alexandre para assumir o posto de pré-candidato para disputar as eleições deste ano. "O partido tinha dois belos nomes e não era o nome que iria fazer diferença. Foi tudo conversado dentro do partido e em comum acordo, mas não tiro o direito dele de ficar triste", pontuou. "Eu cresci dentro da política e sempre escutei do meu pai 'o Dimas se não é maior político até, é dos mais corretos'. É esse Dimas que eu enxergo. Até o momento não consegui entender a decisão dele, mas respeito", comentou.
Saída da Secretaria de Saúde
O secretário esclareu que não teria entregado o cargo na segunda-feira após a saída do secretário de Administração e Finanças, Ademir Brandieli. "Em nenhum momento eu disse que iria sair. Quando ele avisou que iria sair e que apoiaria outro candidato, eu disse que meu cargo está a disposição", explicou. "Deixei ele a vontade porque cargo comissionado é de confiança do governo. Assim como ele me convidou para ser secretário, ele tem direito de me tirar", concluiu.