Receber um aluno com autismo – ou com alguma outra condição intelectual – pode ser um desafio para os professores em sala de aula. Pensando nisso, o Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Satc (Nina) promoveu o 1º Simpósio de Acessibilidade Educacional para professores do Colégio Satc e Centro Universitário UniSatc. O evento contou com a participação de profissionais da saúde com foco no desenvolvimento e aprendizado infantil.
Atualmente, o Nina atende mais de 150 alunos em todos os níveis de ensino da Satc. Segundo a coordenadora do Núcleo, Kelli Silva, são estudantes que possuem deficiências físicas ou apresentam algum tipo de transtorno intelectual. "Nosso objetivo com o simpósio é aproximar os professores e profissionais da saúde para tirar dúvidas sobre esses alunos e aprender a melhor forma de lidar com eles", ressaltou.
Os responsáveis por tirar as dúvidas e orientar os professores foram: o médico psiquiatra infantil, Pedro Caron, o médico neurologista pediátrico, Eduardo Medeiros, e as psicólogas infantis, Janaina Medeiros e Giordana Luz. "Temos que saber como acolher esses alunos e tornar acessível o ambiente escolar para eles. Precisamos tornar acessível para poder incluir", declarou Giordana.
Uma das pautas do simpósio foi sobre como proporcionar um melhor nível de aprendizagem para crianças com autismo. O neurologista pediátrico explicou que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é relacionado com falta de conexão. "A criança autista tem prejuízo, não é dificuldade. Não é porque ela não quer, é porque não consegue se conectar às pessoas e ao mundo físico e material", afirmou Medeiros.
Além disso, o médico esclareceu que o autismo é diagnosticado através do comportamento. "O diagnóstico do autismo não é realizado por meio de exames, é baseado na análise do comportamento, desenvolvimento e maneira como a criança interage, se comunica e se relaciona", completou.