Saúde, atrelada à educação e à assistência social. Uma das ações que a candidata a vice-prefeita de Criciúma Lisiane Tuon (DEM), defende na busca por melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ela foi a quarta entrevistada da série com os postulantes ao cargo realizada pelo Programa Agora, da Rádio Som Maior.
Ela concorre ao pleito na chapa encabeçada por Dr. Aníbal Dario (MDB). “No nosso plano de governo tem as propostas intersetoriais. Não dá para falar de educação sem falar em saúde e assistência social juntas. Precisa ter uma política municipal para isso. Como uma menina que 16 anos com filho vai terminar de estudar? Sempre gostei de ir para as áreas mais carentes da cidade, ouvir as pessoas de todos os níveis socioeconômicos e cheguei para um grupo de jovens e perguntei no que gostariam que o próximo prefeito ajudasse, falaram em terminar o segundo grau. Em uma era de tecnologia, será que não tem como os nossos jovens terminarem o segundo grau?”, questionou.
Professora, Lisi Tuon também contou como é a parceria com Dr. Aníbal. “Nos conhecemos e estamos juntos neste processo. Somos colegas da Unesc por 20 anos e deu certo a união de nossos partidos. Temos os mesmos pensamentos, trabalhamos em conjunto, e do modo que trabalhamos, acreditamos que a política precisa disso. Precisamos trabalhar mais em equipe.
Nesta linha que eu e o Dr. Aníbal viemos trazer mais modernidade para a cidade. Sobre os índices de desemprego, estamos estudando o pós-pandemia. Estamos conversando muito com as pessoas, conheço muito o que os jovens pensam, as suas expectativas. Existem muitos indo embora por falta de perspectiva de trabalho na cidade”, salientou.
O papel do vice
Para Lisiane, o vice tem que trabalhar tanto quanto o prefeito. “Ele ganha salário público e tem que acabar com isso de que o vice não tem função. Faço muitas coisas ao mesmo tempo e não tenho perfil de ser vice que não vai atuar junto ao município. Leio sobre experiências do Brasil e do mundo para implantar aqui e várias que ações que fiz foi de muito diálogo e trabalho em equipe. Queremos continuar nesta linha, com equipe qualificada”, relatou.
A tecnologia
A implantação da inovação e tecnologia tem sido citada por vários candidatos, o que também, é defendido por Lisi. “Temos um grande aliado que é a tecnologia. A pandemia nos ensinou que tivemos aceleração de dez anos na tecnologia. Estas questões precisam ser incorporadas na gestão municipal. Por exemplo, a tecnologia na educação. Encontramos muitas pessoas da rede municipal sem saber o que é computador, o que é xerox preto e branco. Se estivesse tudo organizado não teriam todos estes problemas”, comentou.
A candidata ressaltou a importância de dar maior atenção também à assistência social. “É algo apavorante na cidade. Temos a estimativa de mais de quatro mil pessoas em situação de risco, extrema pobreza. Isso não é por causa da pandemia, já tinha e a pandemia só aflorou. Isso não veio de agora. Antes a gente já percebia isso, através da saúde, andando pela cidade”, pontuou.
A transparência na Afasc é outro tema debatido por Lisi e Dr. Aníbal. Ela disse que, caso eleitos, a educação infantil será retirada da associação e ficará sob comando da Secretaria Municipal de Educação.
Saúde
A falta de organização da rede é um dos problemas citados pela candidata no que diz respeito à saúde. “A reclamação dos hospitais é a falta de organização da rede. Temos o projeto da criação de centros para tratamento de problemas crônicos e a nossa meta é implantar quatro centros para cuidar das condições crônicas”, revelou.
Nas visitas pela cidade, ela diz que o principal pedido é a melhoria da saúde. “Em cerca de 90% das casas que vamos e perguntamos para as pessoas o que gostariam que o próximo prefeito faça é melhorar a saúde e a educação”, ressaltou.
O tema desenvolvimento econômico também foi abordado por Lisiane, citando, inclusive, os pleitos apresentados pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic). “Muito do que apresentamos à Acic estava muito coerente com o material. Precisamos exaltar as potencialidades de Criciúma, pois vários empresários disseram que têm vontade de fechar e ir embora de Criciúma devido ao custo, os impostos, taxas, tem esta questão no plano da Acic os incetivos. A agilidade, a atenção destas pessoas e uma das coisas que falta muito na cidade é a qualificação profissional. Temos a Unesc, a Satc e os nossos jovens estão indo embora porque não tem mercado aqui. Temos que dar incentivo desde estabilidade social, política, vender melhor a cidade e ter uma gestão colaborativa que não dê um prato feito. A cidade tem condições, desde que tenha atrativos para que as grandes empresas venham para cá. Tudo que vir de riqueza para a cidade, tudo que a gente estuda e lê, precisa pensar muito em inovação e tecnologia. Precisamos qualificar os jovens, ter as instituições parceiras para ajudar os jovens”, enfatizou.
Ouça a entrevista na íntegra: