Já estão definidos os 17 vereadores que irão compor a Câmara legislativa de Criciúma. Dos eleitos para o cargo nas eleições deste domingo, 15, oito estão chegando para o primeiro mandato. É o caso e Giovana Mondardo (PCdoB), Nicola Martins (PSDB) e Manoel Rozeng (DEM), entrevistados do programa Agora desta segunda-feira, onde apresentaram algumas de suas principais bandeiras.
Rozeng afirma ter sido eleito com uma proposta muito clara voltada para o combate e conscientização contra as drogas, a qual deverá ser trabalhada para ser concluída em um único mandato. O candidato, inclusive, destaca que não pretende construir carreira política e que não deve ir em busca de reeleição.
“Eu defendo e empunho a bandeira, que vejo como pano de fundo de todas mazelas sociais, que é o combate ao uso de drogas. Temos uma economia com problemas, uma segurança também com problemas e uma saúde com problemas, e sabemos o que está por detrás disso. Estamos indo na causa, a partir do momento que você tem uma pessoa saudável com certeza as relações estabelecidas por ela serão saudáveis”, disse.
Nicola, por sua vez, chega ao legislativo com uma campanha baseada em renovação. Formado em jornalismo, o candidato também estudou Administração Pública, culminando justamente como um suporte para a construção do seu plano de governo, que estabelece 20 metas para o período de quatro anos - uma delas, voltada ao esporte.
“Eu não entraria na Câmara sem o esporte, tenho total e plena certeza. Quero organizar, fazer um plano municipal de esportes, planejar a curto, médio e longo prazo o assunto na cidade. Precisamos construir um plano para a Fundação Municipal de Esportes (FME), precisa ter um conselho municipal de esportes para estruturar esse plano com audiências públicas e ações coordenadas. A próxima etapa é a criação da Lei Municipal de Incentivo ao esporte, trabalhar junto do executivo para construir uma lei em que o empresário e cidadão possam abater o IPTU e INSS em investimento em projetos esportivos”, disse.
Já Giovanna carregou durante toda a sua candidatura uma bandeira muito baseada na defesa de serviços como o Sistema Único de Saúde (SUS). A candidata, que vem trabalhando há anos com saúde pública, diz que entendeu a necessidade de se organizar politicamente para lutar por melhorias no serviço em que trabalha.
“Eu encontrei a necessidade de me organizar na política quando entendi que é impossível fazer saúde sem fazer política. Não politicagem, mas política. Quando falamos de emendas parlamentares ou efetivação de estratégias, você precisa de aliados na política, é preciso política quer queira ou não”, disse. “O eleitor entendeu que o nosso projeto de cidade era acessível, de identificação e convicção para construir, em Criciúma, uma alternativa para a Câmara”, pontuou.
Um ponto forte destacado na campanha dos candidatos, sobretudo de Giovana e Nicola, foi a força nas redes sociais. De acordo com a candidata do PCdoB, cerca de 50% de seus votos foram conquistados nas redes, em um processo de construção e amadurecimento para levar conteúdo político acessível através das mídias.
“Preparamos por muito tempo um projeto de identificação, por entender que precisamos apresentar para as pessoas as redes sociais como ferramenta política, mas chegar na informalidade, no dia-a-dia e tentar adaptar qual fosse a rede social com a narrativa utilizada”, pontuou Giovana.
Nicola, que também garantiu destaque através de suas redes na campanha eleitoral deste ano, ressalta que não se pode utilizar as redes sociais como algo vago e vazio, mas com um intuito claro. “Nas eleições de 2020, só se sustentou nas redes sociais quem tinha conteúdo para apresentar, porque se só ficar massificando número, nome aqui e ali, vai se tornar algo banal e chato para o eleitor. Então tinha que ter conteúdo para apresentar, e esse foi o constante desafio”, pontuou.