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SC em Pauta: eleições ficam em 2020 e Moisés segue desamparado na Alesc

Após tentativas do governador, MDB nega a possibilidade de participação no governo

Por Paulo Monteiro Florianópolis - SC, 19/06/2020 - 14:29 Atualizado em 19/06/2020 - 14:29
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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A política catarinense segue bastante movimentada e deve continuar a todo vapor até que a CPI dos respiradores tenha seu encerramento. Somado à isto, a situação de Carlos Moisés como governador de Santa Catarina ainda é complicada, com cinco impeachment's protocolados e praticamente nenhum apoio nas ruas e na Assembleia Legislativa de SC (Alesc). Os assuntos, assim como a permanência das eleições municipais em 2020, foram destaques no SC em Debate desta sexta-feira, 19, com os jornalistas Adelor Lesssa, Ananias Cipriano, Marcelo Lula e Maria Helena Pereira.

Duas vagas de primeiro escalão do governo do Estado estavam aguardando novas nomeações. Dada a condição de Moisés na política de SC e sua busca constante pelo apoio de partidos como MDB para garantia de permanência no governo, esperava-se que nomes mais políticos e com forte trânsito na Alesc fossem nomeados para os cargos de secretário de Desenvolvimento Sustentável e secretário de Articulação Nacional.

Para a Secretaria de Desenvolvimento, assume Rogério Siqueira, ex-CEO do Beto Carrero World. Para a Articulação Nacional, ao que tudo indica, virá o publicitário Douglas Gonçalves. "Os cargos que estavam vagos no primeiro escalão foram preenchidos. Outros deverão ficar vagos ainda. Desses dois abertos, o governo faz susbtituições mas sem nenhum efeito político que acabe atendendo o seu objetivo de recompor a sua base na Alesc. Duas vagas importantes que poderiam abrir espaço e fazer relacionamentos, mas o governo não aproveita oportunidades", disse Adelor.

Segundo Adelor, o MDB, que vinha sendo requisitado pelo governador como um amparo durante todo o processo, fechou as portas para o governo do Estado. "O partido fez uma reunião com a bancada estadual e deu um chega para lá nos ensaios do governo de tentar trazer o MDB de volta para perto". pontuou.

Eleições 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu a data das eleições municipais e, ao contrário do que muitos vinham pedindo, ela não será unificada com a presidencial em 2022. Ficou marcado para o dia 15 de novembro, um adiamento de praticamente um mês, com possibilidade de segundo turno para o último final de semana do mês.

"Eleições movimenta a visita dos candidatos às bases, a aglomeração de pessoas. Fazer em dois dias diferentes não mudaria em nada, teria aglomeração mesmo assim. Se querem tanto fazer eleição e não unificar, que se fizesse em janeiro e fevereiro, é mais garantido. Acho muito temeroso fazer em novembro", declarou Lula, ressaltando o estado da pandemia no país.

CPI dos Respiradores 

Dois depoimentos desta terça-feira nas oitivas da CPI dos Respiradores praticametne sacramentaram o futuro da Comissão. Tanto o servidor José Florêncio, da coordenação do fundo estadual de saúde, quanto Débora Brum, da Secretaria de Saúde, apontaram a culpa ao Estado. 

"O José foi surpreendente, e depois do depoimento dele se existia alguma dúvida ainda, a Débora sacramentou. No meu entendimento, os dois depoimentos foram os mais esclarecedores da CPI e acho que, a partir de então, ela vai se encaminhando para conclusão. Próximo de 14 de julho, um pouco antes ou um pouco depois, Ivan Naatz deverá encaminhar o relatório final e fechar a CPI", declarou Adelor.

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