Líder do governo na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), a deputada Paulinha (PDT), falou ao Programa Ponto Final, da Rádio Som Maior que vê a ação da Polícia Federal (PF), da Casa D’Agronômica com naturalidade. “Não é a primeira busca e apreensão nem a última em Santa Catarina, faz parte de um processo judicial enfrentar esse tipo de circunstância. O que eu acho que está errado, e isso não é de hoje, é de sempre, é a gente incitar a condenação de alguém num momento como esse. Hoje um jornalista perguntou se mudou o clima na Alesc, nem um pouco. O clima na Alesc não pode piorar, já chegou no pior momento", disse.
A parlamentar comentou ainda que a ação não interfere na questão judicial. “Na questão judicial não interfere, é uma fase de um processo, e que eu acho bom. De criança eu aprendi, meu pai falava, que quem não deve, não teme. Se o Moisés não deve, a verdade será aclarada. Se ele tiver alguma conta a pagar, igual será descoberto. No dia 30 de junho, se não me falha a memória, o advogado dele peticionou ao Supremo, ao ministro Benedito, a disposição de entregar equipamentos que eles quisessem. Eu não tenho visto dificuldade da parte do governador de se colocar à disposição para buscar esclarecimentos”, falou.
Na manhã dessa quarta-feira, 30, a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e levou um celular e um laptop de Carlos Moisés da Silva (PSL). “Não vamos dizer que o caso dos respiradores foi normal, que não foi. Mas imputar responsabilidade direta ao governador, há uma fábula a ser contada. A justiça está fazendo a devida investigação. Eu tenho 30 anos de vida pública, sempre no baixo clero, quem sou eu, sou uma simples prefeita de cidade pequena. Não é a primeira nem a última que vejo um processo de busca e apreensão, e vejo muita gente inocente receber busca e apreensão. Não é caso de juízo de valor da figura do Moisés pela questão ética. Todo mundo da política sabe que os erros do Moisés, dentre eles não está desonestidade. Envolve sim questões políticas e de relacionamento. Encaramos com tristeza, claro, ninguém fica feliz de chegar às 6h a polícia batendo na porta da casa da pessoa, e se é inocente já fica com pecha de culpada. É assim, a função pública tem muitos bônus, mas também tem ônus. Quem está na chuva é para se molhar”, finalizou.