Capacitar os profissionais de saúde ligados à assistência às pessoas com deficiência auditiva e visual no estado. Esta é a proposta de um seminário que a Assembleia Legislativa sedia durante esta quinta e sexta-feira, dias 4 e 5, sob a promoção da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Além de Florianópolis, o evento também será levado a Chapecó, Itajaí e Jaraguá do Sul.
Na abertura, o presidente da Comissão, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), destacou o compromisso dos deputados da Casa com o tema. “Este seminário é mais uma demonstração do nosso apego à causa, reforçando cada vez mais o direito destas pessoas poderem trabalhar, subsistir e, acima de tudo, de estarem incluídas para o bem comum.”
Entre as atividades previstas no seminário está a realização de palestras sobre as normas, diretrizes e programas vigentes nas áreas da saúde auditiva e visual, bem como sobre a situação da rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência no estado.
Outro objetivo, conforme ressaltou a coordenadora da Área Técnica da Pessoa com Deficiência da SES, Jaqueline Reginatto, é debater com os integrantes da rede de atenção sobre novas formas de otimizar e melhorar a qualidade dos atendimentos prestados. “É importante ouvir os profissionais que estão na ponta, pois são eles que recebem os usuários pra ingressar no serviço, com todas as dificuldades envolvidas e os encaminham para a reabilitação.”
Regionalização dos serviços
Presente ao seminário, o superintendente de Serviços Especializados e Regulação da SES, Ramon Tartari, reconheceu que a rede de atenção às pessoas com deficiências auditivas e visuais no estado ainda conta com uma série de pontos a serem ajustados, entre os quais citou a melhoria no fornecimento de aparelhos de amplificação sonora, a realização de cirurgias de implante coclear (dispositivo eletrônico para pessoas com perda auditiva de grau severo a profundo) e o tempo de espera para a realização dos procedimentos.
Paralelamente, disse o gestor, também estão sendo buscadas parcerias para regionalizar os atendimentos, que na área visual atualmente estão concentrados na Grande Florianópolis, com a auditiva já estão disponíveis também em Jaraguá do Sul e Joinville. “O ideal é que cada macrorregião do estado seja autossuficiente na atenção às deficiências visual e auditiva, o que não ocorre nesse momento, mas que temos que buscar ao longo deste governo”.