O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, conheceu em detalhes o trabalho realizado por policiais e peritos catarinenses na tarde desta segunda-feira, 30. Acompanhado do governador Carlos Moisés, Moro visitou o quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), onde participou de uma reunião de trabalho com os gestores da Segurança Pública, e o Laboratório de Perfis Genéticos do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Moro conheceu as inovações concebidas pelo Governo de Santa Catarina para o combate à criminalidade. Entre elas, a integração das forças de segurança, o uso da tecnologia, o foco nos resultados, a possibilidade de os policiais fazerem testes toxicológicos ainda no local das apreensões de drogas e o fortalecimento do Instituto Geral de Perícias (IGP).
"Nosso foco no Ministério é o enfrentamento à corrupção, ao crime organizado e à criminalidade violenta. Se não houver investigações criminais de qualidade, além do risco de colocar um inocente na prisão, o criminoso fica solto. Temos noção da importância da perícia criminalística e é uma política que vale a pena. Outros países já têm bancos de dados imensos e nós estamos começando agora", afirmou o ministro.
Outro aspecto apresentado a Moro foi o modelo pioneiro de gestão adotado em Santa Catarina, com um Colegiado de Segurança Pública e Perícia Oficial no lugar da figura do secretário de Estado.
O governador Carlos Moisés reiterou a disposição em contribuir com o Governo Federal em ações para a segurança pública. "Santa Catarina tem alguns casos de sucesso e trazer o que for possível das experiências exitosas de outros estados. É de fundamental importância integrar as forças, objetivando a segurança dos brasileiros e de quem nos visita", afirmou Carlos Moisés.
No IGP, Moro buscou mais detalhes sobre o funcionamento do Laboratório de Perfis Genéticos, já existente em Santa Catarina. O objetivo é manter e comparar perfis genéticos para auxiliar na apuração criminal, na instrução processual e identificação de pessoas desaparecidas. Atualmente, existe uma parceria com a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa e a Polícia Civil para fazer, respectivamente, a coleta de material biológico de condenados e de familiares de pessoas desaparecidas.
Os materiais são enviados ao Banco Nacional de Perfis Genéticos e ajudam na elucidação de crimes em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública pretende alcançar a meta de cadastro do perfil genético de cerca de 65 mil condenados até o fim do ano. Atualmente, esse número é de 28 mil.