O Sicredi Sul reuniu jornalistas e demais convidados na tarde de ontem para apresentar os resultados dos seus dois principais pilares: a viabilidade econômica e a responsabilidade social. O encontro, realizado na sede da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), contou, também, com a presença do vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port.
Para ele, Santa Catarina é um dos estados onde a cooperativa tem maior projeção de crescimento. “Hoje o Sicredi está presente com 1,7 mil agências no país, um número bastante grande, e são 4 milhões de pessoas sócias do Sicredi. Aqui em Santa Cataria são 118 pontos de atendimento do Sicredi e 30% dos municípios hoje já estão atendidos”, afirma Port
“Nós temos uma bela oportunidade de expansão em Santa Catarina, justamente porque apenas 30% dos municípios têm Sicredi e a nossa proposta é de que temos que ter Sicredi em mais partes do estado”, pontua.
Crescimento de 41%
Na região Sul de Santa Catarina, a cooperativa de crédito está presente com 15 agências em nove cidades e conta com mais de 19 mil associados, um acréscimo de 6% em relação ao ano anterior. E, nos indicadores financeiros, os números também são comemorados, como o crescimento de 41% em recursos totais administrados e de 47% em operações de crédito.
“A nossa cooperativa vem num crescimento muito bom, principalmente nos últimos dois anos, subindo mais de 40% em liberação de crédito, também mais de 40% em captação, que é o dinheiro que o associado coloca na cooperativa. Estamos em um momento especial, com um patrimônio que subiu R$ 20 milhões no ano passado e isso são números impressionantes”, declara o presidente da Sicredi Sul, Aloísio Westrup.
Segundo o diretor-executivo da Sicredi Sul, Erli Silveira Lima, os resultados são ainda mais expressivos quando se faz o paralelo com o momento de crise pelo qual o país passou nos últimos anos.
“Quando todos falavam em crise, os bancos fecharam a liberação de crédito, mas nós tivemos o maior crescimento em liberação de empréstimos nesses últimos três anos. Também nessa época de crise abrimos cinco novas agências na região”, observa Lima.
Poder dar o suporte ao cooperado mesmo em períodos de maior dificuldade é, comenta Westrup, o objetivo da cooperativa. “O que mais satisfaz a gente é que estamos do lado do nosso associado, ajudando ele a crescer também. Esse é o principal objetivo da cooperativa: dar crédito facilitado e com tarifa mais justa”, afirma o presidente.
Programação de 20 anos
Durante o evento de ontem, também foi apresentada ao público a programação do aniversário de 20 anos que o Sicredi Sul completa em 2019. A agenda de comemorações terá início em abril e contará com as inaugurações de duas novas agências em Criciúma (Centro e Quarta Linha) e outra em Urussanga.
Estão previstas, ainda, ações como uma promoção com sorteio de um carro zero quilômetro e prêmios em dinheiro para os associados, a realização de uma corrida em parceria com a Satc e o lançamento de um livro.
Foco no peso das relações humanas
O sistema Sicredi existe há 116 anos, está presente em 22 estados brasileiros e todos os anos apresenta números que demonstram o bom desenvolvimento de sua saúde financeira. Porém, neste 2019 a cooperativa decidiu colocar em evidência também os seus resultados relacionados à responsabilidade social.
“Nós temos falado muito e vamos falar mais sobre relacionamento, responsabilidade social, programas de educação que o Sicredi desenvolve. São coisas muito naturais do Sicredi, por ser uma cooperativa, mas são pouco faladas”, comenta Port.
“Por um costume de anos se falava pouco sobre isso e agora a gente pretende falar mais, até para que as pessoas conheçam esse outro lado do Sicredi. Produto e serviços, qualquer instituição financeira tem, mas esse lado mais humano que o Sicredi tem, as demais instituições financeiras não possuem”, afirma o vice-presidente da Central.
Fundo Social
Dentro desse tema, um dos destaques é o Fundo Social, que é a destinação de parte das sobras das cooperativas para projetos de escolas, asilos, hospitais e outras instituições filantrópicas.
“Uma entidade que foi ajudada com recursos do Fundo Social foi uma creche comunitária. Eles receberam R$ 5 mil e com esse dinheiro eles consertaram o telhado, porque em dias de chuva a água caía dentro da escola e era preciso retirar as crianças de lá e colocar todas em outra sala”, conta Port.
“Além do telhado, eles compraram um computador e um freezer, fizeram um verdadeiro milagre. Mas é um exemplo de que R$ 5 mil podem transformar uma escola e esse é um dos resultados do Fundo Social, que em 2018 destinou R$ 14 milhões para instituições, principalmente escolas”, conclui.