Após ter aceitado o convite do governador Carlos Moisés para assumir a liderança da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Ana Paula da Silva, mais conhecida como Paulinha, recebeu uma “intimação” de seu partido, o PDT, que deu um prazo de 24h para que ela renunciasse a nova função - sob a pena de poder ser expulsa do partido. Para a deputada, o pedido de renúncia não é um senso comum dentro do partido, mas sim uma certa implicância.
“A questão do PDT foi uma decisão intestível. Eu asseguro que ela vem amparada muito mais do que nas razões ideológicas que nos afastam do PSL, ela vem amparada de dois ou três que são adversários políticos e que aproveitaram o momento para constranger o Manoel Dias, que já é um senhorzinho de 82 anos. É muito fácil ludibriar o Manoel se eles estão lá no ouvido dele todo o dia, criando uma circunstância”, ressaltou Paulinha.
Paulinha destaca que, apesar de existirem pontos para serem compensados e corrigidos no governo de Moisés, o governador vem se mostrando com valores muito diferentes do que muitos esperavam. “É visível que o Moisés é um homem muito mais progressista do que conservador, em seus valores e na forma como ele atua. Ele acabou de entregar R$ 206 milhões para bolsas de estudo superior, um trabalho que foi liderado pelo deputado Rodrigo Minotto”, disse.
De acordo com a deputada, assumir a liderança da Alesc não estava em seus planos e nunca havia passado pela sua cabeça e, por isso, ela chegou até mesmo a estimular a ideia de que Vampiro assumisse este cargo - o qual acabou não vingando. Com isso, Paulinha assume a função da Assembleia com o objetivo de tentar customizar, fortalecer e criar condições de diálogos entre o parlamento e o poder executivo.
“Eu sei que eu sou capaz dessa função. O que me deixa chateada com o partido é que ele fecha os olhos para ver a primeira vez uma mulher sendo líder do governo na casa, isso é uma bobagem. Acham que o partido A não combina com o partido B, isso porque eles não tem nem como dizer que o governador daqui é do Bolsonaro: foi da eleição e agora não é mais. Nas eleições nós também apoiamos o Gelson Merísio, que também apoiou o bolsonaro”, destacou a deputada.
Quando perguntada se ela continuará efetivamente no partido, após a intimidação do PDT, Paulinha responde: “só vou sair se me expulsarem”.