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Suposto relatório indica afastamento de servidores e crime de secretários

Durante depoimento à CPI dos Respiradores, controlador geral do Estado comprometeu-se a entregar sindicância na quinta-feira

Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 23/06/2020 - 19:09 Atualizado em 23/06/2020 - 19:16
Foto: Reprodução
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O segundo depoimento do controlador geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira, à CPI dos Respiradores foi marcado por novo confronto com os deputados, acusações de fraude na assinatura da nota fiscal de recebimento dos respiradores vendidos pela Veigamed - feita pela servidora Márcia Pauli - e a promessa de um relatório da CGE a ser entregue para a Alesc e para a Força Tarefa na próxima quiinta-feira, 25.

De acordo com o controlador, o que está nessa sindicância realizada por três auditores indicados há 45 dias não pode ser antecipado. Porém, já na parte final do depoimento de Luiz Felipe Ferreira, o relator da CPI, Ivan Naatz (PL), disse que havia recebido o conteúdo do relatório por mensagem. Naatz afirmou que o relatório teria sido concluído na sexta-feira.

"Recebi por mensagem aqui no meu celular é que o relatório foi concluído na sexta-feira e que indicou quatro empresas como responsáveis, seis servidores para a perda de cargo de função e dois secretários por crime de responsabilidade e improbidade", disse o deputado.

Luiz Felipe Ferreira fechou o semblante e rebateu. "Isso é muito sério, porque significa dizer que vazou uma informação que é sigilosa. Esse relatório não foi mandado para ninguém, estou finalizando para ser distribuído. Se essa informação está na rede, isto tem que ser apurado", arguiu.

O controlador não falou se é verdadeira essa informação que teriam mandado a Naatz durante o depoimento. A exemplo do primeiro depoimento, Luiz Felipe Ferreira negou atribuições ao seu cargo que foram colocadas pelos deputados nos questionamentos e, novamente, entrou em confronto. Já na primeira pergunta, João Amin (PP) exaltou-se.

"O senhor não pode fazer os nove deputados de palhaço. Ou o senhor fala ou o senhor diz que quer permanecer calado. Nenhuma CPI tem advogado para falar assim (ao advogado do controlador pedir questão de ordem). O senhor vai continuar omitindo aqui? Quem é o fraudador?", bradou Amin quando Luiz Felipe Ferreira disse que não poderia antecipar resultado da sindicância levantada na CGE.

"Está em apuração interna. Existe uma comissão formada para este fim. Enquanto a comissão interna não me apresentar o relatório final, uma comissão independente por três auditores", respondeu o controlador. Luiz Felipe Ferreira confirmou a versão do secretário Helton Zeferino de que não estava claro o pagamento antecipado no processo e disse que a assinatura do recebimento dos equipamentos, que não chegaram, seria uma evidência disso.

Ele evitou falar em fraude por parte da servidora Márcia Pauli, ex-superintendente de Gestão Administrativa. Questionado por Naatz se, mesmo sem a assinatura da nota fiscal o pagamento seria feito antes da chegada dos respiradores, Luiz Felipe Ferreira disse que "a forma como a coisa está estruturada, acredito que sim".

Luiz Felipe Ferreira ficou de encaminhar à CPI, além do relatório da CGE, prints do grupo de Whatsapp "Força Tarefa", que teria indícios de que havia entendimento de vários setores do governo sobre a compra com a Veigamed. 

Tags: respiradores

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