O menino de dois anos com suspeita de sarampo em Içara teve o primeiro exame positivo para a doença. No entanto, a avaliação da regional de saúde é de que o caso pode não ser confirmado após a segunda coleta, que deve ser realizada 15 dias após a primeira.
Isso porque, de acordo com Janaína Bertan Warmiling, enfermeira da imunização da regional de saúde, a criança não apresenta um quadro clínico semelhante à doença. "A gente acredita que não é sarampo, pelos sintomas, mas não pode ser descartado. Pode acontecer do primeiro exame dar positivo, pois um processo bacteriano ou a história vacinal podem confundir os resultados dos exames. Por isso o intervalo de 15 dias entre a primeira e a segunda coleta", explicou Janaína. Para ter o caso da doença confirmado, os dois exames devem ser positivos.
O menino já está em casa. Os primeiros sintomas foram identificados no dia 9 de agosto e a família encaminhou ao atendimento médico em Tubarão. Não foram registrados outros casos suspeitos de infecção em pessoas próximas. "O bloqueio foi feito, a vacinação às pessoas que tiveram contato direto com a criança, no município e em todos os locais em que a criança teve contato, como no hospital e no condomínio", tranquilizou a enfermeira..
A segunda coleta de sangue para um novo exame ainda vai ser agendada. O primeiro sintoma do sarampo parece com uma situação gripal, um resfriado que pode agravar. Depois aparecem as bolhinhas na pele, a fotofobia (irritação à luz), que são os principais sintomas. "A preocupação é que seis dias antes de aparecer o sintoma principal, a doença já é transmitida", aponta Janaína.
O sarampo é uma doença considerada controlada no Brasil. Em Santa Catarina, não são registrados casos contraídos no Estado desde o ano 2000. Em 2019, foram 15 casos da doença confirmados no estado, todos eles importados. Crianças de 6 a 11 meses estão no calendário vacinal, considerado obritagório até que se tenha 90 dias sem caso suspeito da doença.