O Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior está fazendo uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Criciúma. Nesta sexta-feira (12), o vereador Júlio Kaminski respondeu perguntas pertinentes à cidade, entre elas destacou a importância do cuidado com a saúde.
"A saúde de Criciúma merece uma atenção especial eu não posso admitir isso. Eu falo conversando com pessoas, não só nesse período, mas em todo o período que nós estamos na Câmara de Vereadores.É difícil ter que pedir ajuda pro vizinho, fazer vaquinha para poder fazer uma consulta, um especialista, e faz o exame hoje, amanhã não serve mais, porque já passou o tempo", ressaltou Kaminski.
Confira a entrevista completa:
Veja o que respondeu o pré-candidato:
Maga Stopassoli: "O que você faria enquanto prefeito de Criciúma para melhorar a qualidade desse transporte coletivo que a gente tem hoje?"
"Faremos aquilo que precisa ser feito, Maga. Na realidade o transporte coletivo tem muito a ver com a mobilidade urbana, em relação ao próprio transporte coletivo, eu defendo sempre a ideia do metropolitano, aquele entra todos os municípios no entorno, que seja possível criar o integrado. E aí é claro que dentro disso nós temos que avaliar, sim, a questão do veículo elétrico que está sendo muito tratado, e eu tenho algumas ressalvas em relação a isso, especialmente no modelo a ser utilizado. Então eu vejo que isso tem que ser considerado. Por que que eu falo isso? Por razões óbvias todo investimento feito do veículo em Criciúma, ele criou uns problemas. Na realidade, na minha cabeça, tem algumas situações, e algumas informações, inclusive enquanto vereador estou pedindo por exemplo, a autonomia do veículo, a capacidade de abastecimento dele, a estação de abastecimento para o veículo comprado, ela é exclusiva, a necessidade de um conector, autonomia de quilometragem 171 quilômetros, isso é complicado, então tem algumas coisas que tem que ser consideradas. Ou elétrico ou por eletricidade. Então essa é a questão que tem que ser avaliada, precisa ser feito. Passagem, zero. Eu sempre trabalhei com metas e resultados, Maga, Sempre trabalhei com metas e resultados. E nós temos que perseguir o transporte coletivo gratuito. E falo mais, fiz uma proposição para que no final de semana, no Sábado Mais, passando por uma experiência para que o transporte coletivo fosse gratuito no sábado mais em Criciúma. Ou seja, ah não pode, é porque a lei é essa, a lei no município se transforma. Basta a gente investir"
Adelor Lessa: "não é o momento de mudar o modelo? Criar um modelo novo para o transporte coletivo de Criciúma?"
"Eu não sei se é criar um modelo novo, acho que desmanchar e recomeçar não seria o caminho mais sensato, mas seria ideal você fazer uma adaptação, uma modernização do mesmo. Quando eu falo do metropolitano, nós estamos estendendo sim aos bairros, permitindo que os bairros também recebam esse transporte integrado, assim como os municípios do entorno. Porque daí você também precisa avaliar essa mudança do próprio terminal de rodoviário, criando um para todos. Um grande, lá na BR-101, criando para todos. Facilitando a geração de emprego, incentivando o veículo taxista, o transporte coletivo, o transporte por aplicativo. Ou seja, você faz uma conjugação bacana e você consegue, sim, através de bons investimentos, através de parcerias públicas e privadas, através de financiamento de fora do país. Existem muitos programas que podem ser aproveitados para fazer isso. Eu vejo que essa adaptação, essa necessidade por exemplo, no centro da cidade. Existe uma proposta para fazer toda uma reformulação naquele terminal, justamente por troca de uma concessão, que é ali da Galeria Cavalera. Por que não fazer? Por que dificultar... Nós temos uma necessidade de acessibilidade muito grande, é uma carência. Tem projeto, tem investimento, é só acatar. Então você consegue fazer uma conjugação, transformar aquele ambiente, gerar movimentação no comércio local, que realmente está muito aquém do que a gente sempre imaginou para o movimento do comércio. Ou seja, é uma série de situações. Quando você fala de transporte coletivo, você tem que discutir a questão da mobilidade urbana. Na região da Próspera, na região da Quarta Linha, no Rio Mana e também na Santa Luzia. É uma adaptação através de uma descentralização do movimento, mas valorizando as comunidades da região"
Maga Stopassoli: "Guarda Municipal. O senhor é a favor da volta da Guarda Municipal ou o é contra?"
"Eu sou a favor da Guarda Municipal, eu sou a favor da segurança pública, eu sou a favor do investimento, do aumento dos convênios existentes com a Polícia Civil, a Polícia Militar. Veja bem, saiu recentemente uma pesquisa informando que a cidade é uma cidade segura. Ótimo, muito bom, nós precisamos agora criar um processo de prevenção ainda maior em relação aos crimes de alta periculosidade, em relação aos roubos, em relação aos homicídios. Ok, então nós estamos caminhando muito bem. Agora, a presença da Guarda Municipal, ela vai dar segurança à pessoa que vai levar o filho na escola, à pessoa que vai na unidade de saúde, ela vai proteger o patrimônio público. Fazendo uma comparação com aquilo que nós temos hoje, de contratação testarizada e com a Guarda Municipal, de pessoas que já fizeram concurso, pode ter certeza, Maga, que o investimento vai ser bem baixo e nós vamos ter uma sobra de recursos para poder investir em outras questões, como, por exemplo, a fila das pessoas que esperam para um atendimento da saúde"
Maga Stopassoli: "o que o senhor faria para melhorar a saúde no município? Resolveria o problema como?"
"Nós temos que parar de ficar atribuindo responsabilidade, se você buscar na Constituição da República, você vai perceber a responsabilidade da União, do Estado, do Distrito Federal e do Município, está marcado lá. É a mesma coisa dizer que o município não tem responsabilidade sobre a segurança pública. Não tem como fazer isso. Nós temos que parar com essa hipocrisia de ficar jogando responsabilidade para A ou para B. As pessoas daqui precisam ser atendidas. Não foi feito mais de 300 milhões de investimentos, por exemplo, para a infraestrutura? Vamos resolver a fila. Vamos encerrar esse assunto e recomeçar do zero, não a fila, mas o trabalho de prevenção. Seja através da educação, seja através das ações sociais, seja através da remuneração adequada. O LOA (Lei Orçamentária Anual) para a Criciúma, no ano de 2024, é 495 milhões de investimentos na saúde. É isso que eu estou falando. A educação são 565 milhões. É isso. É reorganizar. É fazer gestão. Nós não podemos admitir, é ver essa quantidade de pessoas esperando por um atendimento de um psicólogo, por exemplo, que depois da pandemia virou um caos. As pessoas estão tendo realmente dificuldade e a cada dia que passa isso vai continuar acontecendo. Nós temos que fazer a valorização do profissional. Nós temos que fazer com que essas filas sejam eliminadas, porque a pessoa do outro lado E aí eu te dou um exemplo de uma senhora de um bairro de São Cristóvão, por exemplo, que só precisou dar um empurrãozinho para eles perceberem que precisava ser atendida Ela estava esquecida na fila. Me pergunta como? Eu não sei. Eu não sei como ela estava esquecida. Mas a mulher tomava medicação e tremia o dia todo porque estava na beira da morte fazendo tratamento com dedicação forte em função das dores que estava sofrendo, descobriram que a mulher estava lá há um tempão esperando por uma cirurgia fez a cirurgia, resolveu o problema dela. É isso. Essa presença do poder público, ela precisa ser para solucionar problemas"
Adelor Lessa: "Criciúma é a sétima no ranking estadual na geração de emprego e renda. O que mais gera emprego é indústria, são dados oficiais que saíram nesta semana. Santa Catarina gera mais empregos que a média nacional. Mas, repito, Criciúma está em sétimo lugar na geração de emprego e renda. Faz muito tempo que não se tem uma indústria nova vindo para Criciúma. Como é que resolve isso?"
A diretoria tem que ser criada para que se crie um modelo de atração. O investidor deseja ter segurança. Não é o incentivo Aliás, Criciúma nos últimos dois anos, gerou incentivo. Redução de PTU, ISS, ITBI, uma série de coisas para 13 empresas número cabalístico, não é? 13 empresas. Inclusive empresas de evento. Ah, mas então é esse o problema? Nós temos que trazer, criando incentivo? Sim, nós temos que criar incentivo para as empresas que desejam investir aqui. Aqueles que aqui estão criando um mecanismo de apoio. Não atrapalhando, não interferindo, fazendo com que elas se sintam seguras em investir na cidade descobrir as características de cada um. Qual é a característica do bairro Pinheirinho que precisa de segurança, de atenção, de mobilidade? Qual é a característica? Será que o bairro Pinheirinho não poderia ter um grande mercado público naquela localidade?. Porque, sabe, isso que eu falo, a gente tem que perceber a vocação de cada localidade e o que nós queremos para Criciúm. Investir em indústria, mas nós temos que ter um cuidado muito grande nessa desindustrialização que existe. Mas nós temos que investir em turismo, por exemplo. Criciúma, apesar de não ser uma cidade turística, ela apresenta características para tal, fazer investimento público e privado. Nós temos que parar de achar que o poder público é que tem que botar o dinheiro sempre. Nós temos que criar oportunidades, e oportunidades nós temos de sobra"
Adelor Lessa: "no seu entendimento hoje, qual é hoje a maior necessidade de Criciúma? Qual é a prioridade hoje pra cidade?"
"A saúde de Criciúma merece uma atenção especial, já falei de segurança e tudo mais, então, uma série de situações. Agora, eu não posso admitir a questão da saúde. Eu falo isso conversando com pessoas, não só nesse período, mas em todo o período que nós estamos na Câmara de Vereadores. Cara, isso é difícil. Ter que pedir ajuda pro vizinho, fazer vaquinha para poder fazer uma consulta, um especialista, e faz o exame hoje, amanhã não serve mais, porque já passou o tempo. Essas pessoas já morreram. Ou vão incentivar, por exemplo, um apoio pelas funerárias, porque essas pessoas estão sofrendo. E as funerárias, nós estamos discutindo questões em relação a elas também, em relação ao atendimento da central. Ou seja, nós precisamos é isso. Entendeu, Adelor? A saúde precisa de apoio"