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“Tempo bom é poeira, quando chove é buraco”, diz comerciante sobre obras na Santos Dumont

Moradores destacam lentidão nos serviços de execução da obra e impacto no comércio, devido dificuldade no acesso

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 08/12/2020 - 11:48 Atualizado em 08/12/2020 - 11:55
Foto: Gregório Silveira / 4oito
Foto: Gregório Silveira / 4oito

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As obras de construção do Binário e revitalização da avenida Santos Dumont, no bairro São Luiz, vem causando um verdadeiro caos para moradores e comerciantes da região. Isso porque pelo menos dois trechos da avenida continuam em obras há semanas e, com a retirada do asfalto, lodos e buracos tornaram o local praticamente intransitável - causando prejuízo para os comércios da região.

Gerente de uma farmácia no bairro há cinco anos, Moacir Fabri afirma que o seu empreendimento está praticamente isolado na via, justamente pela grande dificuldade de acesso causada pelas obras. A situação, inclusive, fez com que suas vendas caíssem consideravelmente nos últimos dias.

“Fica um caos, tem que estragar para arrumar mas o pessoal está demorando demais. Nas reuniões que fizemos com a prefeitura, ficou acordado em abrir uma quadra de cada vez. Agora abriram em dois lugares, duas frentes de trabalho, aí realmente não entra ninguém na farmácia. Os clientes sumiram todos, estamos vendendo praticamente 30% do que se vendia antes”, disse o comerciante.

Já Carlos Augusto, proprietário de uma fruteira no bairro, afirma a lentidão da execução das obras e o prejuízo que isso vem causando em seu trabalho. “Está bem complicado, porque quando o tempo tá bom é poeira, quando chove é buraco. Aí a gente ainda tem o problema do rio que corre ali e não conseguem terminar a rua pro pessoal começar a circular. O nosso movimento caiu 50% ou 60%, e nem podemos investir muito porque não sabemos quando vai ficar pronto esse pedaço aqui”, disse.

Segundo ele, há poucos trabalhadores com máquinas não tão eficazes para a conclusão de uma obra tão complexa. Dessa forma, o trabalho acaba tendo que ser lento para conseguir suprir algumas demandas dias após dia, mas avançando pouco.

“Eles avançam seis metros por dia, porque tem que fazer o buraco, fazer o concreto e esperar secar para no outro dia começar tudo de novo. Quando chove enche toda essa galeria, aí tem que colocar o maquinário e até tirar a água ficam dois ou três dias parados. Torcer para que sejam rápidos, se não vamos sofrer por muito tempo ainda”, disse. 

O recurso para investimento nas obras do binário é de R$ 32,4 milhões, garantidos por meio da operação de crédito formada junto ao Fonplata, no valor de US$ 17,2 milhões. O prazo para a conclusão da obra, iniciada ainda em março deste ano, é de 30 meses. Ainda no mês de outubro, de acordo com o vereador Edson Paiol, as obras já estavam 35% concluídas.

A equipe do Portal 4oito tentou contatar o secretário de Obras da Prefeitura de Criciúma, Verceli Coral, mas até o momento do fechamento da matéria não obteve retorno. 

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