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Tigre trabalha para ter público no Heriberto Hülse

Criciúma faz estudo para, diante de novo decreto estadual, contar com torcida já contra o Marcílio Dias

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 03/07/2020 - 11:48 Atualizado em 03/07/2020 - 11:50
Sanitização do estádio Heriberto Hülse foi realizada nesta semana / Foto: Celso da Luz / Criciúma EC
Sanitização do estádio Heriberto Hülse foi realizada nesta semana / Foto: Celso da Luz / Criciúma EC

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O Criciúma confia na possibilidade de ter autorização legal para receber até 4 mil torcedores no estádio Heriberto Hülse na próxima quarta-feira, 8, diante do Marcílio Dias, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Catarinense, na retomada do Estadual depois da pandemia de Covid-19. A partida mais recente que o Tigre disputou foi em 15 de março, 1 a 0 sobre o Joinville fora de casa, pela rodada final da primeira fase do Catarinense. No Majestoso, o último jogo ocorreu há quase quatro meses, em 8 de março, empate em 0 a 0 com o Figueirense.

Em entrevista ao Som Maior Esportes desta sexta-feira, 3, o diretor comercial e de marketing do Criciúma, Julio Remor, admitiu que o clube trabalha para conseguir colocar público no seu retorno ao Majestoso. Os decretos atuais em vigor não permitem. "A prefeitura tem sido uma grande parceira do Criciúma, a gente vem conversando muito sobre vários assuntos, um deles é esse, e respeitamos as autoridades sanitárias. Existe um decreto estadual que vence no domingo e existem as orientações municipais. O Criciúma tem trabalhando a ideia de fazer o jogo com público, capacidade reduzida, para fazer o jogo com segurança. Gostaríamos muito como clube de ter um pouco de público até para prestigiar nosso sócio que continua pagando sua mensalidade", explicou.

No aguardo do Estado

O dirigente comentou que o clube vem dialogando com a Secretaria Municipal de Saúde e o procedimento agora é aguardar a postura do Governo do Estado. "Conversamos com o secretário Acélio, ficamos de fazer algumas reuniões, assim que o novo decreto sair, a gente acredita que o Estado vai publicar orientando sobre o futebol, e que a gente possa sentar com a prefeitura para ver se é possível fazer esse jogo com público, de acordo com uma série de protocolos, de forma que não coloque ninguém em risco, e que a gente possa fazer a retomada do futebol de forma tranquila", referiu.

Sobre os protocolos, o Criciúma está buscando diversos modelos para estabelecer regras de distanciamento entre os torcedores, garantindo condições de torcida já na próxima partida. "Os procedimentos partem de iniciativa do Criciúma, a gente vem estudando os protocolos e diretrizes da CBF, da FCF, do Governo do Estado e até de exemplos de outros países que retomaram o futebol. Vão desde entradas dos torcedores com máscara, medição de temperatura, higienização das mãos, não venda de ingressos nas bilheterias, marcação das arquibancadas para ter o distanciamento", comentou. "Nessa semana foi feita a sanitização de todo o estádio, por dentro e por fora. São medidas que estamos adotando, caso possível ter público no estádio a gente estar preparado", completou. "Cumprindo todos esses procedimentos, fazendo essa construção com as autoridades, caso o decreto estadual não proíba, imagino que será possível sim", reforçou o diretor.

Tigre analisa MP

O Criciúma está analisando a possibilidade de transmitir seus jogos, atendendo aos efeitos da Medida Provisória recentemente assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a exemplo do que o Flamengo realizou há poucos dias. 

"Com relação à MP assinada pelo presidente Bolsonaro, que permite que o mandante possa transmitir seus jogos, é algo novo, estamos analisando com o jurídico. Todos os clubes têm discutido isso, obviamente que num futuro próximo, até a curto prazo, isso deve acontecer em vários clubes", considerou Remor. "O Criciúma estuda essa possibilidade, já temos um canal, a TV Tigre, que poderia fazer isso. Mas para ser bem feito é preciso montar estrutura, e o clube não descarta. É um futuro inevitável. Obviamente temos que respeitar os contratos existentes, ver o que pode ser feito, mas já existe essa discussão no clube", admitiu.

Ouça mais informações no podcast, na entrevista do repórter Bebel Vieira com o diretor Julio Remor:

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