O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) concedeu habeas corpus autorizando o retorno do vereador Odivaldo Bonetti, o Bonettinho (PP), à Câmara de Urussanga. Ele estava afastado desde 13 de dezembro por conta das investigações da Operação Hera desenvolvida pela Polícia Civil e que apura irregularidades na gestão pública na cidade.
"Foi um habeas corpus impetrado no TJ. Foi julgado agora pela manhã e o TJ entendeu que foi uma medida muito drástica, muito exagerada, tendo em vista o embasamento do meu afastamento, que foi uma interceptação do vereador Fabiano dizendo que o Samae seria vendido e que eu ganharia 10%", explicou Bonetinho. Ele foi citado no processo pois, conforme o vereador Fabiano De Bona (PSDB), em uma ligação interceptada pela polícia, tiraria vantagem em uma especulada venda do Serviço de Água e Esgoto de Urussanga. "Não tem nem projeto de lei nesse sentido, isso seria iniciativa do Executivo e nunca existiu, o Samae nunca será vendido", completou.
O recurso de Bonettinho foi encaminhado logo em seguida do afastamento, e agora que ele conseguiu retomar o mandato. "No TJ individualizaram a conduta de cada um. Eu fui incluído por uma fofoca, eu fui interceptado por um tempão. A minha posição é contrária à privatização de qualquer serviço público essencial. A investigação continua, eu fico impedido de conversar com testemunhas, mas o juiz garantiu o exercício do meu mandato, fui eleito pelo povo imediato", detalhou.
O retorno deve ser imediato à Câmara. O vereador espera que já possa participar da sessão desta terça-feira no Legislativo. "Retorno imediato. O TJ vai comunicar o juiz, que comunica a Câmara. Todo o político tem que aceitar qualquer tipo de investigação, não tenho nada contra ninguém. Eu vou exercer o meu mandato representando o povo", completou.
Seguem afastados os vereadores Rozemar Sebastião, o Taliano (PDT), e Fabiano de Bona.