Dos sete candidatos à prefeitura de Criciúma, talvez Chico Balthazar (PT) é o que há mais tempo milita na política e foi ele que apresentou as suas ideias ao jornalista Adelor Lessa nesta quarta-feira, 14, na série com os postulantes ao cargo. “Em Siderópolis me acostumei com o meu pai sempre com posição política. A Arena era um guarda-chuva e ele na Arena, era do PSD, todas as eleições tinha o seu candidato e saía fazendo campanha e eu peguei esta veia da política. Em 1976 eu estudava na Satc e fiz campanha para um candidato a vereador e um a prefeito”, lembrou.
Também já falaram o candidato a reeleição Clésio Salvaro (PSDB), Julia Zanatta (PL) e Coronel Cosme (Podemos).
Integrante do governo de Décio Góes (PT), de 2000 a 2004, Chico Balthazar decidiu se ausentar da política e cuidar da vida pessoal, retornando agora como candidato a prefeito. “Depois do processo finalizado que se viu que o Décio não voltaria para a prefeitura, resolvi cuidar da minha vida. Nunca abandonei a militância, mantive a veia política. No processo de afastamento da presidente Dilma, resolvi voltar para a militância partidária. Então me perguntaram se o partido poderia lançar o meu nome para a prefeitura, eu não tive como dizer não em um momento difícil do nosso partido, mantendo a chama viva do Partido dos Trabalhadores”, salientou.
Sobre governar a cidade, ele falou que Criciúma necessita de uma administração sensível às demandas da cidade. “O trânsito é um caos. Não existe uma sinaleira sincronizada com outra. É uma cidade abandonada neste sentido. É mais barato andar de carro do que pegar o amarelinho. Quero entender a planinha. Enquanto eu não entender a planinha do valor do transporte, não vai ter reajuste”, comentou.
Trânsito
Sobre soluções, Chico volta a citar a sua participação no governo de Décio Góes. “O Décio me convidou e eu participei do governo e lembro que quando administramos o trânsito, não tínhamos o equipamento necessário. No final do nosso governo estávamos preparando a licitação para comprar a central semafórica digital que organiza todas as sinaleiras. Tem sinaleira que não precisa ter o mesmo tempo o dia inteiro. Uma das primeiras coisas que quero fazer, no primeiro mês, é começar a licitação para esta central semafórica”, disse.
Além do trânsito, o petista citou o que pensa sobre a educação e como pretende melhorará, caso eleito. “Como fazer uma educação de qualidade em Criciúma? Quem entende de educação é quem está em sala de aula. Não entendo como fazer educação de qualidade em Criciúma de costas para as escolas. O prefeito até teve boa vontade, comprou ares-condicionados, mas não funcionam porque a rede elétrica das escolas não suportam. Estamos pensado em sempre ouvir especialistas, as pessoas e administrar com a sensibilidade que temos”, relatou.
Ideias para a saúde também foram apresentadas por Chico Balthazar e entre as iniciativas está a busca pela diminuição das filas. “A saúde, desde os tempo do Zé Augusto Hülse chamou atenção positivamente, mas hoje está exposta às manchetes de jornais. Filas de consultas e exames. Precisamos zerar o passivo, esta demanda absurda. Contratar na rede privada, zerar as filas para então começar a administrar e acertar para o futuro. Quando estivemos na prefeitura de 2001 a 2004 tínhamos o pré-projeto pronto e construir um edifício de nove andares para centralizar as especialidades. Centralizando as especialidades facilita a administração do sistema”, ressaltou.
Durante a entrevista, Chico ainda opinou sobre o atual governo criciumense. “O Salvaro administra a cidade com base nas pesquisas. Se guardou por três anos e agora está fazendo o que chamávamos de tapete preto, que é o asfalto lá no bairro. As ruas que foram asfaltadas há mais tempo estão lá para mostrar como é o asfalto que ele coloca. O povo de Criciúma está sofrendo um engano, votando em uma pessoa que privilegia o próprio currículo em detrimento da população”, comentou.
Economia
Na opinião do candidato, Criciúma parou quando o assunto é crescimento econômico. “Não precisa esforço para ver que Criciúma parou no seu crescimento. Era o quatro PIB de Santa Catarina, hoje deve estar em 9º ou 10º já. Precisamos trazer indústrias para Criciúma. Tem porto, aeroporto próximos, ferrovias, tem que fazer o que o Murialdo está fazendo em Içara que é colocar o portfólio embaixo do braço e sair pelo Brasil apresentando a cidade para atrair empresas. Trazer empresas significa incrementar a receita”, salientou.
Quais seriam as primeiras ações
Chico Balthazar destacou algumas das ações que realizaria a partir de janeiro de 2021, caso eleito. “O trânsito não pode mais esperar. Tem muitas coisas que queria fazer no primeiro ato. A policlínica central, ouvir das demandas das salas de aula. Esta pandemia trouxe algumas coisas que não vão mais embora como as aulas virtuais. Na rede municipal de ensino isso não e possível, primeiro porque não tem wifi na casa dos estudantes e porque não tem instrumento para a navegação. Este é o grande desafio. Quero colocar wifi em todas as praças e nas casas de todos os estudantes e comprar um tablet para cada estudante da rede municipal de ensino.