A sessão da Câmara de Vereadores de Criciúma acabou gerando debates após Giovana Mondardo, em seu discurso, ter afirmado já ter visto práticas de fura-fila na vacinação contra a Covid-19 no município. A vereadora se retratou posteriormente e retirou a sua fala, mas acabou sendo “cobrada” pelo líder do Governo Salvaro, Nícola Martins, que pediu responsabilidade.
“No meio do debate houve essa denúncia, feita pela vereadora, e que tem que ser investigada. A Tribuna da Câmara não é mesa de bar, temos que discutir isso. Somos 17 vereadores, eleitos democraticamente pelos criciumenses, temos que ter responsabilidade pelo que a gente fala”, destacou Nícola.
O projeto de Giovana, que visava estabelecer penalidades para quem fosse pego furando a fila de vacinação contra o coronavírus no município, acabou parando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que entendeu a proposta como inconstitucional. O parecer do CCJ foi colocado em plenário e aprovado.
Segundo Nícola, o mérito do projeto de Giovana é positivo. “Sugeri a vereadora em duas oportunidades durante a sessão, para transformar o projeto de lei numa indicação ou requerimento, que então ajudaríamos a construir junto com o executivo, mas ela preferiu manter o projeto”, pontuou.
Outro PL que será apresentado pela vereadora em breve é o que visa construir um Portal da Transparência com as pessoas que já foram vacinadas em Criciúma. Segundo Nícola, o projeto já foi apreciado pela CCJ e também recebeu parecer de inconstitucionalidade.
“Fere a Lei Geral de Proteção de Dados, dados sensíveis como carteiras de SUS, data de nascimento, nome completo. Isso não pode ser externado. Tem um parecer sobre isso e esse parecer será colocado na votação na semana que vem”, afirmou o vereador.