O ponto alto da agricultura turvense é, sem sombra de dúvidas, o cultivo de arroz. O município possui quase 10,5 mil hectares para este tipo de plantação, o que coloca a cidade como a maior produtora de arroz da região Sul catarinense. Turvo também é considerada a capital catarinense da semente de arroz, uma semente certificada em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
“O município tem 1,2 mil hectares para a plantação de sementes de arroz. Esse é um produto que colaborou grandemente para o desenvolvimento da cidade e os produtores têm o apoio dos governos Municipal, Estadual e Federal para que continuem crescendo e contribuindo com o crescimento de Turvo e da região como um todo”, pontua o prefeito, Tiago Zilli.
O município conquistou, ainda, o título de “Capital da Mecanização Agrícola” e os números falam por si: são 887 tratores, 339 plantadeiras de arroz e 157 colheitadeiras de arroz. “São indicativos que mostram a força da produção agrícola em Turvo, inclusive por meio da mecanização. Por isso, o Município procura investir bastante em infraestrutura, para que os produtores tenham boas condições para cultivar e comercializar seus produtos”, afirma Zilli.
Segundo na AMESC
O prefeito lembra que, no ano passado, o Governo recebeu o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os indicativos de Turvo. Ele ressalta que “esses dados também mostram um pouco da grandeza de Turvo”. Zilli frisa que, atualmente, o município conta com cerca de 13 mil habitantes, o que não impede Turvo de ter bons indicadores. “Somos o segundo maior movimento econômico entre os 15 municípios da AMESC, ficando atrás apenas de Araranguá”.
Em busca de vocação no turismo
Na busca por alternativas para diversificar a economia, Turvo achou um norte que vem crescendo. Tendo como pontos turísticos o Morro Três Marias, o Morro Pelado e o Museu Municipal – com cerca de 2 mil peças de acervo da época da colonização –, a Prefeitura passou a investir no turismo, tanto de eventos quanto de negócios e, agora, no rural.
“Também teremos, em breve, o primeiro Museu Público da Mecanização Agrícola. Mesmo assim, apenas esses pontos não são suficientes para movimentar o turismo. Pensando nisso, há dois anos, foi inaugurado o Centro de Eventos Professora Iria Angeloni Carlessi, um dos maiores da região. Ele é bastante procurado por grupos de todo o Sul catarinense, até de cidades mais distantes, para a realização de eventos variados e feiras de negócios”, explica a diretora de Turismo, Janaína Nicolette Pedro.
Ela lembra, ainda, que o município atrai milhares de visitantes para a Festália, nos anos pares, mais voltada para a cultura do povo e a colonização italiana, e para a Festa do Colono, em anos ímpares, bastante focada no agricultor, com o desfile e a Arrancada de Tratores, uma das maiores do gênero na região, além da Feira de Negócios. “Essas festas atraem turistas para o Turismo de Eventos e também o de Negócios, além de movimentarem a economia do município como um todo”, pontua.
Incentivos ao turismo rural
Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Administração Municipal investiu em um Curso de Turismo Rural. Além da aprendizagem, ele serve para conscientizar e incentivar produtores que possuem propriedades rurais, principalmente nas proximidades da BR-285, a abrirem as portas para visitantes, seja transformando em uma pousada ou em um restaurante, por exemplo.
“Pode ser normal para a gente, mas tem pessoas que nunca tiraram leite direto da vaca ou andaram a cavalo, nunca colheram a fruta direto do pé, e elas estão dispostas a pagar por isso. É um tipo de turismo que está em plena expansão em cidades mais do interior, por isso recomendamos que os produtores adaptem suas propriedades e passem a receber essas pessoas”, ressalta a diretora.