Na última vez que a Câmara de Criciúma aumentou o número de vereadores, de 2012 para 2013, houve um crescimento de 29% das despesas. Até hoje, essa foi a maior alta dos gastos de um ano para outro do Legislativo criciumense.
Em 2012, último ano com 12 vereadores, a Câmara teve uma despesa total de aproximadamente R$ 8,2 milhões em valores da época. O ano seguinte, quando o Legislativo passou a ter 17 parlamentares, registrou uma despesa de R$ 10,6 milhões. O aumento de um ano para outro foi de cerca de R$ 2,4 milhões, ou 29%. Os números são do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O principal aumento na ocasião foi com pessoal. As despesas com a folha de pagamento passaram de R$ 6,5 milhões em 2012 para R$ 9,1 milhões em 2013, em valores da época. Atualmente, o Legislativo gasta cerca de R$ 14,5 milhões por ano com os servidores.
A Constituição Federal permite às câmaras municipais gastarem até 6% da receita corrente líquida dos municípios com a folha de pagamento. Em Criciúma, as despesas somam em torno de 1,4%.
A cidade já teve até 21 vereadores, que é o máximo autorizado atualmente pela Constituição para cidades com população entre 160 mil e 300 mil habitantes. Em 2005, no entanto, o número foi reduzido para 12 por causa de uma decisão judicial. O aumento para 17 parlamentares foi aprovado em 2011 e passou a valer para a legislatura seguinte, em 2013.
Entre as cidades com população semelhante à de Criciúma (214 mil habitantes), apenas Chapecó (255 mil) tem 21 vereadores. São José (270 mil) tem 19, Itajaí (264 mil) e Palhoça (222 mil habitantes) têm 17 e Jaraguá do Sul (182 mil) tem 11.