O primeiro dia de ônibus nas ruas após a paralisação devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi de pouco movimento nos ônibus de Criciúma. “Quando tem um sistema que é constantemente parado, fica difícil. Foram 120 dias parados, retornamos, parou de novo e hoje volta de novo. As pessoas estão com medo, inseguras com este retorno. Acreditamos que, depois destes 120 dias parados e provado que não é o transporte o problema, a população acredite e retornem lentamente ao sistema. Hoje (segunda-feira) foi bastante tímido, mas acreditamos que começa a voltar aos poucos”, comentou o presidente da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento ao programa Ponto Final, da Rádio Som Maior.
Ele lembrou ainda que todas as regras estão sendo cumpridas pelas empresas. “A normatização está sendo cumprida a risca, então temos certeza que no sistema de transporte o que foi exigido está sendo cumprido para que as pessoas possam se locomover com segurança”, salientou.
Trento ainda criticou a decisão do Governo do Estado em proibir a circulação dos ônibus, enquanto outras formas de transporte permaneceram. “Santa Catarina é o único estado no mundo que fez paralisação de 120 dias no sistema de transporte regular, porque o clandestino, os aleatórios, continuaram e ninguém fiscalizou nada. Só em cima do regular que teve fiscalização e paralisação. Sempre cumprimos 100% as obrigações e as normativas da vigilância. O restante do transporte ficou aberto e ninguém cuidando. Os 120 dias parados criaram um vácuo muito grande. Nem sei como se fará o pagamento no dia 5 de setembro, só teve despesa até agora”, pontuou Trento.
O transporte coletivo também retornou em Içara o que, segundo prefeito Murialdo Canto Gastaldon (MDB), contribui com o município. “Indústria funciona, comércio funciona, escritórios, prefeitos, hospital, portanto as pessoas para se locomover vinham fazendo isso de forma precária, não tendo as condições de segurança com relação á pandemia que o transporte coletivo favorece, devido a todo o rigor. Foi a decisão que tomamos com segurança para as pessoas para que possam manter o seu emprego”, disse.