Um protesto contra a privatização dos serviços de água e esgoto

"Água é vida, privatizá-la é crime". Com esse conteúdos em faixas, panfletos e nos discursos, mais de 50 trabalhadores da Casan de Criciúma integram, na manhã desta quinta-feira, o Dia Nacional de Mobilização contra a MP 844/18.

"Querem privatizar esse serviço entregando para os privados as cidades onde tem superávit. E nas pequenas, como vai ficar?", indaga Genilson TEixeira Gomes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema) que acompanha o protesto na Avenida Centenário, próximo ao Terminal Central.

A Medida Provisória 844/18 foi editada pelo presidente Michel Temer em junho e desde então aguarda por aprovação no Congresso Nacional. "Ela vai obrigar os prefeitos que quiserem recontratualizar os serviços de água e esgoto que antes os abram para investidores privados, para depois então tentar acerto com Casan ou montar um Samae", explica o sindicalista. Assista abaixo os comentários do diretor do Sintaema.

"Na prática, isso é sim uma privatização", reclama. Ele cita dois exemplos próximos a Criciúma para enfatizar o risco destes processos. "Em Tubarão o privado que assumiu está há 15 anos e não fez um metro de esgoto. Em Lages terminou em corrupção, desvios e prisão do prefeito", cita Genilson. Em contraponto, menciona os investimentos da Casan em Criciúma. "Foram mais de R$ 200 milhões nos últimos anos, nenhum privado teria esse poder de comprometimento".

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