A Unimed de Criciúma foi recomendada pelo Ministério Público (MP) à não mais divulgarem dados e informações sobre o coronavírus a mídia e a população. A recomendação do MP é de que tais números sobre o COVID-19 sejam repassados a imprensa, primeiramente, através das secretarias de saúde de cada municípios.
Em Criciúma, os nove casos já confirmados de coronavírus foram divulgados e analisados pela própria Unimed. “A Unimed saiu na frente anunciado os casos, e agora por uma determinação as instituições privadas não podem mais divulgar, a população agora vai ter um viés. Recebo uma ordem de não poder divulgar dados e isso nos deixa entristecidos, mas não podemos parar”, destacou o presidente da Unimed de Criciúma, Leandro Avany Nunes.
A instituição já realizou mais de 500 atendimentos referentes ao coronavírus, além de 60 consultas através da telemedicina. De encontro com a orientação do MP, Leandro ressalta que das nove pessoas infectadas pelo COVID-19 em Criciúma, quatro são médicos - entre eles a vice-presidente da Unimed Criciúma, Clarissa Almeida.
“Isso nos causa dor e desconforto, e estamos aqui no momento reunidos para dar andamento no dia a dia. Temos 150 funcionários que não podem parar, e temos 48 já afastados. Fica a sugestão para o MP, que encaminhem pessoas para nos ajudar, até mesmo na recepção”, disse Leandro, afirmando que a meta do município é passar por essa crise com zero mortes.