O pneumologista, Renato Matos, voltou um ano no tempo para falar do atual momento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Naquela época, a vacinação tinha início. “A vacinação é fundamental. Estamos vivendo uma doença diferente. No ano passado, nesta época, estávamos enfrentando internações e mortes. Hoje está diferente. Hoje tratar pacientes com Covid-19 é mais simples do que era antes da vacinação. Se não fosse a vacina, teríamos uma doença complicada”, relata.
Neste período, o Brasil evoluiu da vacinação de adultos, chegou aos adolescentes e nesta semana, às crianças. Estamos fechando um ciclo. vacinamos adultos, adolescentes e agora as crianças. “As crianças também podem ter quadros complicados. Vacinando crianças, iremos quebrar a cadeia de transmissão”, destaca Matos.
“Não é uma vacina experimental”
Mesmo que as vacinas contra a Covid-19 tenham surgido há um ano, a tecnologia é mais antiga, lembra o pneumologista. “Não é uma vacina experimental. A vacina RNA já vem sendo testada há mais de 30 anos. O que a pandemia fez foi liberar o dinheiro para que saísse do laboratório. Temos milhões de pessoas vacinadas no mundo, são vacinas seguras e vão cortar o ciclo de transmissão, o que faz a doença voltar em outro patamar”, cita.
Matos voltou a fala sobre a variante ômicron. “Estamos lidando com uma variante menos letal, mas estamos enfrentando uma variabilidade. Eram menos internados, hoje são mais de 40 em Criciúma”, salienta.
Volta às aulas
A intenção é ter 100% das crianças de 5 a 11 anos de idade com pelo menos a primeira dose até o retorno das aulas, em fevereiro. “Com a volta à escola, as crianças vão ficar juntas, tem que suar máscara, mas sabemos que em alguns momentos acabam deixando de usar”, completa.