Nesta sexta-feira (1), às 16h, vai ter troca no comando da Secretaria de Saúde de Criciúma. Acélio Casagrande se desvincula para concorrer a deputado estadual e o vereador Arleu da Silveira deixa a Câmara para assumir a titularidade da pasta. "De momento, dar continuidade ao trabalho do secretário Acélio que fez um excelente trabalho com toda a equipe da saúde, para dar continuidade aos projetos e consigamos transformar em qualidade de vida para o cidadão", destacou.
Arleu salientou que é favorável às vacinas contra a Covid-19 e às demais doenças, mas que não forçará ninguém a se imunizar. "Sou muito pragmático nisso. Tem campanhas de vacinação. Quem não quiser vacinar, não vacina. Fazer o que. A Avenida Santos Dumont está sendo duplicada, tem cremátorio", destacou. "Eu sou favorável às vacinas, se tiver a quarta vacina eu vou tomar, ninguém precisa me pegar pelo braço. Minha família tomou também. O que vamos fazer é quem quiser a vacina, terá condições de tomar", comentou.
"O corona já foi, está vindo a quarta vacina, minha mãe tem mais de 80 anos, vai tomar a quarta dose. Ainda não tomou, vou dar um puxão de orelha nela. Tem que acreditar na ciência e ponto", frisou.
Falta de médicos
O novo secretário assume com um claro problema a resolver: a falta de médicos. "Eu sei onde estão alguns gargalos, não por falta de vontade do governo, mas por falta de médicos. Na semana passada, ainda sem saber que seria secretário, fiz um requerimento, ideia do prefeito há muito tempo, para juntamente com a Unesc, no último ano da faculdade de Medicina o município bancaria todo o ano mas por 18 meses esse médico ficaria 18 meses em uma unidade de saúde do Município, recebendo o salário", contou. "Conversei com a reitora Luciane Ceretta, ela deu uma melhorada no requerimento e foi apresentado", completou.
"Quando fui convidado, falei ao prefeito sobre o gargalo da falta de médicos. É um gargalo que temos que alinhar", frisou.
Sobre salários de médicos, e as queixas sobre esse tópico, Arleu respondeu. "Eu sou bioquímico há 32 anos formado pela UFSC. Quando me formei, fui à luta. O médico hoje recebe seu CFM e tem salário líquido de R$ 12,7 mil. Quem é o advogado que sai de uma universidade e no outro dia e tem um salário desse? Ah, tem defasagem em relação a outros municípios, tem, mas a demanda de Criciúma é grande", comentou.
"O prefeito Salvaro sabe disso, o secretário Acélio sabe disso, mas já mandaram projeto de lei à Câmara para oferecer abono de R$ 2 mil para se aproximar do que é pago aos médicos da Amrec", destacou. "Com relação à parte salarial, eu penso que é um ótimo salário, e as pessoas que assim o desejarem, trabalhar em Criciúma, vão ter que se adaptar. Para cada salário novo, tem que buscar dinheiro novo", emendou.
Melhorar atendimento
Arleu apontou outra prioridade: qualificar o atendimento à população. "Comecei trabalhando na farmácia com 12, 13 anos, tirando pó. Meu pai dizia da necessidade do bom atendimento, do bem orientar às pessoas, e isso eu vou pedir muito à minha equipe, para orientar bem a população, atender bem. Quem estiver fazendo isso, que continue, quem não estiver, que se aprume", finalizou.
A vaga na Câmara
Com a saída para o Executivo, Arleu da Silveira abre um espaço na bancada do PSDB. Os primeiros suplentes já estão no governo: Tita Belloli (secretário de Infraestrutura) e Neto Uggioni (presidente da Fundação Municipal de Esportes). Depois aparecem Toninho da Figueira, Dudi Sônego e Dailto Feuser, que deverão revezar a ocupação da cadeira no Legislativo.