O sistema de comboio da Serra da Rocinha, na BR-285, que teve uma ampliação de horário nessa terça-feira (22), pode ser totalmente liberado ainda no final deste ano. Segundo informado pelo superintendente do DNIT em Santa Catarina, Alysson de Andrade, o trecho de tráfego controlado será liberado após a finalização da cortina de concreto, mesmo sem o término do pavimento.
"Nós vamos liberar assim que houver segurança, já do ponto de vista de pedras realmente não rolarem por essa situação das perfuratrizes estarem atuando, ou seja, fechar essa cortina de concreto. Aí a gente já consegue liberar antes mesmo de concluir o pavimento", informa o superintendente, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta quarta-feira (23). A previsão apontada por Alysson para o fim das obras e tráfego sem o comboio é ainda para 2025. "Desse ano não pode passar, a gente tem que concluir. Nós temos um prazo contratual até o fim do ano, mas nós vamos trabalhar. Se continuar nesse ritmo, eu acredito que dê para antecipar esse fim da obra para novembro", espera.
Atualmente, o comboio funciona das 6h às 7h30 e das 18h às 21h. Porém, Andrade revela receber pedidos de motoristas, principalmente do Rio Grande do Sul, para um horário intermediário para o tráfego controlado no trecho, o que não é possível. "Além da segurança, a produtividade ficaria muito impactada em nós abrirmos um horário, por exemplo, do meio-dia às 13h30, que é o que as pessoas têm me pedido. Porque a gente não perde só uma hora e meia de serviço, a gente perderia muito mais tempo para ter essa paralisação, essa remobilização", explica.
Com a liberação da Serra da Rocinha, o fluxo de veículos vai se dividir pelas rodovias estaduais, do centro de Timbé do Sul até a BR-101. "Nós temos 22 quilômetros federais, que é desde a serra da divisa com o Rio Grande do Sul até o centro de Timbé, aquele portal. E depois nós temos cerca de 30 quilômetros do governo do Estado", cita Alysson.
Porém, ainda há indefinições sobre a federalização do trecho. "Hoje, eu estou sem interlocutor no governo do Estado. Os prefeitos me pediram, apelaram, a gente entende que é um corredor estratégico. Mas eu preciso de uma boa vontade do governo do Estado para, enfim, sentar uma mesa com alguém com poder de decisão para que a gente possa trabalhar", revela. "Nós temos 1.200km de rodovias estaduais que têm possibilidade de federalização. Esse é o nosso plano, é o plano do DNIT. Agora eu quero ouvir o plano do Estado, mas hoje eu não tenho interlocutor", finaliza o superintendente.
Ouça, na íntegra, a entrevista do superintendente do DNIT: