O deputado federal Ricardo Guidi (PL), foi o segundo convidado da programação desta semana do Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, que irá receber todos os pré-candidatos a prefeito de Criciúma para uma entrevista de 15 minutos. Ele respondeu perguntas que abordam temas pertinentes para a cidade.
"A gente tem visitado os bairros, as entidades, conversando com o cidadão criciumense e eu vejo um sentimento, uma crescente muito forte de apoio ao nosso projeto e por conta disso a gente tem ficado muito feliz. Acho que a eleição vai esquentando à medida que vem chegando, é claro que agora há poucos dias das convenções o assunto vai se tornando mais frequente a eleição tem caminhado muito numa constante e para a minha alegria a gente vem crescendo dia a dia e isso nos deixa muito felizes ver que a gente vem fazendo o trabalho da maneira correta" ressaltou.
Confira a entrevista completa:
Veja o que respondeu o pré-candidato:
Maga Stopassoli: " Os assuntos que dizem respeito ao município vão ficando cada vez mais latentes, mais fortes entre a população, quais assuntos o senhor sente na rua que a população tem mais interesse?"
"Ah, são vários , eu acho que sempre a saúde é uma preocupação muito grande do povo criciumense, a segurança pública, a educação, a mobilidade urbana também e o desenvolvimento econômico, que tem sido muito constante, era uma pauta que a gente não ouvia tanto no passado, mas a preocupação das pessoas com o fato de Criciúma ter deixado de estar crescendo na mesma velocidade de outras cidades de Santa Catarina, isso eu vejo como uma preocupação muito grande por onde eu tenho passado, em todos os meios né, seja no meio empresarial, seja nos bairros, eu vejo muito frequente essa preocupação e com certeza a gente tem uma preocupação muito grande para agir nessa área"
Adelor Lessa: "Transporte coletivo, o senhor citou que é um assunto muito falado também pelos eleitores, o que o senhor muda no transporte coletivo? Ele teve um momento importante de transporte coletivo, de investimento, foi modelo no estado, depois caiu, caiu e hoje ele está na fase de diminuir usuários e diminuindo usuários aumenta a passagem e aí ele vai indo, daqui a pouco ele vai entrando numa espiral de morte"
"Exatamente, o nosso modelo de transporte coletivo vem lá do início da década de 90, eu me lembro ainda que o meu pai, o ex-prefeitoAltair Guidi, na época contratou um estudo para um sistema integrado de transporte coletivo aqui em Criciúma com uma equipe de Curitiba que já tinha implantado o sistema na cidade, depois o prefeito que sucedeu ele, o ex-prefeito Eduardo, deu continuidade a esse projeto e implantou um sistema de transporte coletivo integrado, modelo revolucionário naquela época, mas que já se passou mais de 30 anos. A gente precisa atualizar esse estudo, se preocupando em dar mais agilidade e mais qualidade ao serviço, porque da forma que está hoje, com pouca qualidade, também diminui muito o número de usuários e isso é um problema sério para a cidade de Criciúma, porque com a diminuição o custo da passagem acaba aumentando muito. Outra preocupação grande que a gente ouve nessa área são os poucos horários, que com a pandemia foram muito restritos, foi diminuído o número de horários e com isso, após a pandemia, esses números também não aumentaram, então o sistema, além de caro, ele não vem funcionando bem, então a gente tem que fazer um reestudo, garantir também mais segurança nos terminais, a gente ouve muitos relatos de casos de violência, principalmente ali na região do Pinheirinho"
Adelor Lessa: "Esse modelo que está aí, está vencido, então o que trazer, o que fazer para revolucionar?"
"Olha, primeiramente contratar uma equipe qualificada para se buscar a solução, eu entendo que na época, inclusive, o projeto não foi implantado integralmente, ficou faltando alguns terminais, se não me engano tinha mais um no Rio Maina e outro também ali na primeira linha para atender a região agrícola. Então a gente tem que contratar um projeto, atualizar o sistema e ver viabilidade econômica, para que a gente possa baixar o preço da tarifa e também ampliar o número de linhas, então isso tem que ser estudado com muito afinco, de forma que a gente baixe o custo da passagem, não tem uma solução pronta, se tivesse uma solução pronta, com certeza já poderia ter sido implantado"
Adelor Lessa: "Hoje (terça) um dado importante está sendo divulgado, vamos falar daqui a pouco aqui com o Coronel Mário sobre esse assunto, que é um índice, um ranking do Atlas da Violência, um ranking nacional, que coloca Criciúma entre as 16 mais seguras do país, entre cidades com mais de 100 mil habitantes, e a quarta mais segura de Santa Catarina. Esses dados derrubam a tese da guarda municipal, da recriação da guarda municipal em Criciúma?"
"Não, não entendo dessa forma, a gente tem que parabenizar a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Governador Jorginho Melo, que vem liderando todo esse sistema de segurança, que Santa Catarina é exemplo para o Brasil, mas eu acredito que a gente ainda tem muito a ser feito, nós não temos um, não existe, aliás, existem muitos problemas de segurança na nossa cidade ainda, a gente ouve frequentemente relatos e a gente quer fazer um trabalho voltado à segurança pública bastante intenso. E aí quando a gente fala em segurança pública, são várias ações, por exemplo, uma iluminação pública de melhor qualidade, a gente ouve muitos relatos dos problemas de iluminação. Outro exemplo, usar a tecnologia para ajudar, e aí a gente quer fazer um cercamento digital da cidade. O que é um cercamento digital? É um sistema de câmeras que utiliza um software com inteligência artificial que cerca toda a cidade e se precisar identificar uma placa de carro, esse sistema sabe quantas horas esse carro fica por dia em Criciúma, de onde ele vem, por onde ele passa, e isso a gente tem que aproveitar a tecnologia para garantir a nossa segurança. Isso é um sistema que as cidades como Curitiba, que já utilizam, têm baixado ainda mais a criminalidade e a gente tem que garantir isso, porque existe uma preocupação muito grande com os problemas que ocorreram no Rio Grande do Sul, que possam vir para cá. Ontem mesmo eu passei a tarde na Polícia Militar, conversando com o comando da polícia, estavam lá os oficiais, falando sobre as preocupações que a Polícia Militar tem em relação à nossa cidade e são muitas, estão preparados. E aí a importância de uma parceria com o poder público, seja para equipar, eles estavam me contando, por exemplo, que hoje cada guarnição tem um fuzil, o ideal é ter dois, são 15 guarnições e aí a gente tem que equipar, porque o fuzil custana faixa de R$ 14 mil, eles estavam dizendo, se a cidade está bem equipada o bandido já não vem para cá. Então um assalto como aquele do Banco do Brasil não teria acontecido, palavras da Polícia Militar, então a gente tem que equipar, tem que dar as condições para que ações como aquela não ocorram em Criciúma, que o bandido quando pensa na cidade, quer distância daquela , é isso que a gente vai trabalhar"
Maga Stopassoli: "Depois daquele primeiro encontro entre os cinco pré-candidatos aqui no estúdio da Som Maior teve um assunto que voltou à tona, que foi a questão da saúde e das UPAs. Uma UPA diminui ou não a fila da saúde? E eu quero te ouvir por que uma UPA diminui a fila da saúde? Porque esse foi o teu posicionamento naquele dia"
"Olha, com certeza diminui a fila da emergência. Nós estávamos falando de saúde amplamente. E aí eu te falei, por exemplo, que as filas das especialidades estão muito longas. Meses, até mais de ano a gente tem ouvido falar. E aí a importância é remunerar melhor os nossos especialistas. Nesse caso, que recebem melhor nas cidades vizinhas à Criciúma e aí preferem prestar serviço em outras cidades. Por conta disso, as filas em Criciúma estão muito longas. E aí a gente também ouve relatos de filas nas UPAs de cinco, seis horas. E aí mais UPAs com certeza vão diminuir. Porque a gente consegue cercar melhor a cidade, dar mais pontos de atendimento, inclusive aliviar os próprios hospitais. Mas aí a importância também da resolutividade, seja nos postos de saúde, seja nas UPAs, nós temos que dar resolutividade no atendimento"