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Veja o que falaram os candidatos a prefeito de Criciúma na Som Maior

Saúde, transporte público, economia, esporte e infraestrutura foram temas das perguntas

Giovana Bordignon e Vitor Ávila Criciúma, SC, 24/06/2024 - 09:06 Atualizado em 24/06/2024 - 13:20
Foto: Vitor Ávila/4oito
Foto: Vitor Ávila/4oito

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Definidas as pré-candidaturas, é hora de ouvir as propostas dos candidatos a prefeito de Criciúma. Nesta segunda-feira (24), a rádio Som Maior promoveu o primeiro debate das eleições 2024. Os cinco candidatos responderam, frente a frente, a perguntas distintas sobre questões cruciais para o cuidado com o município. Confira:

Pergunta: "Como resolver o congestionamento na Linha Batista, onde o Anel Viário não atende? Novo anel ou duplicar o atual?"

Resposta de Arlindo Rocha (PT): 

"Sou o candidato ou pré-candidato que representa as políticas do presidente Lula, tenho uma preocupação muito grande com a questão da Saúde, Educação, Segurança e outros tantos que um prefeito de uma cidade enfrenta. Na resposta da pergunta, eu diria que é essencial a duplicação do anel viário, muito foi feito na infraestrutura de Criciúma, nós reconhecemos isso e agora Criciúma está preparada para ter um plus, atrair investimentos, cuidando de todas essas questões, mas fazer a duplicação do anel viário. E como nós vamos fazer se o município não tem caixa para isso? Isso é reconhecido. Nós vamos fazer a busca de financiamento, se for o caso, como foi feito com o Fonplata, toda aquela obra no bairro São Luiz, mas eu entendo que o anel viário é a prioridade número um em qualquer obra de infraestrutura, porque vai trazer o desenvolvimento e gerar emprego, gerar riqueza, que é o que precisamos. Então, o anel viário dá para fazer. Alternativas como nós fizemos, por exemplo, a Jacob Westrup, que parecia impossível, convênio com o governo do estado, emendas de deputados, enfim, criatividade do setor produtivo, junto com as demais entidades organizadas para buscar a duplicação do anel viário, que é importantíssimo".

Pergunta: "Levando em conta que um dos poucos impostos que revertem dinheiro diretamente ao caixa do município é o ISS (Imposto sobre Serviços), que é decorrente do faturamento das empresas sediadas no município, como a sua administração pretende ampliar essa arrecadação?

Resposta de Júlio Kaminski (PP): 

"Eu vejo a reforma tributária como uma necessidade municipal, por alguns aspectos bem definidos. O ISS, sem dúvida nenhuma, é um ponto fundamental na medida que tratamos de desenvolvimento socioeconômico. A cidade de Criciúma, sem sombra de dúvida, necessita criar como alternativa a ampliação da sua receita através do incentivo às empresas, uma relação de responsabilidade, confiança e, acima de tudo, segurança jurídica. Em relação ao ISS, quando eu falo de reforma tributária, eles também estão se referindo, por exemplo, a Cosip [Contribuição para Custeio de Iluminação Pública], porque é uma forma de cobrança que está muito além do que de fato deveria. Ou seja, quando você faz um grande encontro de informação, onde nós possamos diminuir a carga tributária para o contribuinte direto, mas o aumento proporcional às empresas que possam se instalar - repito, essas empresas precisam confiar naquilo que nós estamos propondo. Hoje, nós na Câmara de Vereadores temos aprovado muitos incentivos de redução, concessão, isenção, em uma série de situações, o que eu acredito que possa estabelecer uma boa relação. No entanto, a ampliação, o incentivo, fazendo com que essas empresas possam de verdade se instalar em Criciúma, é o que vai ser o grande plus para que a gente possa, de fato, aumentar a nossa arrecadação e o ISS tem um papel fundamental nesse processo".

Pergunta: "O que fazer para zerar a fila de atendimentos na rede pública de saúde e não deixar que se crie uma nova fila?"

Resposta de Paulo Ferrarezi (MDB): 

"A fila da Saúde em nosso município vem há muito tempo, chegamos a ter quase 50 mil consultas para especialistas na fila de espera, passamos quase cinco anos sem angiologista na rede. Precisa haver investimento para especialidade, se não acha especialista, mas o consórcio tem para vender consulta para Criciúma, é dessa forma que eu, quanto prefeito, vou fazer. Nós precisamos ter médicos na unidade de saúde, chegamos a ter a falta de mais de 20 médicos nas unidades, às vezes, as pessoas não conseguem uma consulta. Precisamos investir, valorizar os médicos, respeitar os servidores municipais, fazer com que as coisas aconteçam, precisamos humanizar a saúde da nossa cidade, é dessa maneira que eu vejo que a saúde pode mudar. Chegamos a ter 6,5 mil pessoas na fila de espera para psicólogo, eu não consigo ver isso, uma pessoa precisa passar por um psiquiatra e aguardar dois ou três anos com problema de depressão. Precisamos ter médicos, neuropediátricos, precisamos contratar, aumentar essa demanda, porque nós temos crianças na escola sem laudo, com autismo, precisamos investir, é dessa maneira que nós vamos fazer uma saúde melhor para o município de Criciúma".

Pergunta: "Como você pretende agir em relação a isenção de IPTU para o Criciúma E.C., aprovada pela Câmara de Vereadores e vetada pelo prefeito Clésio Salvaro?"

Resposta de Ricardo Guidi (PL): 

"Uma pergunta bastante pertinente. O Criciúma, além de ser a alegria do povo do Sul do Estado, é um grande motor da economia da região. A gente vê o Criciúma vendendo a nossa cidade para todo o país. Em volta do Criciúma tem toda uma economia, comércio... e a gente tem que estimular isso. Eu acho que o Criciúma traz alegria para o povo Criciumense e para toda a região, vende a nossa cidade, movimenta a economia. Tem que ter a parceria do poder público, não tenho dúvida nenhuma em relação a isso. Posso lembrar ainda que, na década de 80, meu pai, o ex-prefeito Altair Guidi, foi um grande parceiro, fez grande parte da construção do estádio Heriberto Hülse, a parte das arquibancadas, que até então era só as cadeiras, então ele ampliou e sempre foi parceiro. Esses dias eu estava conversando com uma pessoa que trabalhava naquele período, ele disse que o Criciúma sempre ganhava isenção do IPTU. Eu não tenho dúvida que a prefeitura de Criciúma, caso eu tenha a alegria de ser prefeito, teria uma parceria muito forte com o Criciúma Esporte Clube, pensando em vender a cidade de Criciúma para todo o nosso país, pensando na alegria do povo da cidade, do povo do Sul do estado, mas também sabendo do quanto o Criciúma Esporte Clube movimenta a economia, seja através de venda de produtos, seja através de todo o comércio que gira em torno do Heriberto Hülse em dias de jogo. A quantidade de pessoas que visitam a nossa cidade para ir aos jogos, para visitar, profissionais da área... Eu não tenho dúvida que o Criciúma Esporte Clube tem que ser ajudado, e tem que ter uma grande parceria entre o Poder Público e o Criciúma, pensando no bem da cidade e no bem da região".

Pergunta: "O que você faria (ou fará) em seu primeiro ano de governo para melhorar o transporte coletivo em Criciúma?"

Resposta de Vagner Espíndola (PSD): 

"Hoje, nós temos 102 ônibus que fazem todo o transporte coletivo da cidade de Criciúma, dos quais 19 deles são os amarelinhos, que transitam no corredor do Pinheirinho até a Próspera, e os outros fazem todo o acesso aos bairros. O nosso transporte coletivo tem, sem dúvida nenhuma, contribuído muito para que as pessoas possam acessar dos bairros, os locais de trabalho. Mas, temos que enxergar que o processo em si vai ficando defasado, à medida que o usuário vai deixando de usar o transporte coletivo. Nós tínhamos antes da pandemia, algo em torno de mais de 1,5 milhão de pessoas que acessavam o nosso transporte. Hoje, esse número está em 700 mil. Então, quais são as medidas? O que nós precisamos fazer para trazer mais segurança, mais qualidade ao transporte e, logicamente, baratear, fazer com que o transporte fique mais acessível? Nós estamos falando de eletromobilidade. Eu falei há poucos dias nas minhas redes sociais, nós já estamos estudando fortemente a aquisição de ônibus elétricos e nós vamos fazer isso. Sabe por quê? Porque nós já fizemos isso com a frota municipal. Nós fomos o primeiro município no Brasil que fez a maior aquisição de carros oficiais elétricos: mais de 100 carros. E nós já estamos conhecendo também boas gestões, boas práticas, que já trouxeram essa possibilidade e não tenha dúvida que será uma das nossas principais prioridades no começo do possível mandato. Que Deus me dê a honra de chegar no dia 1º de janeiro de 2025 como prefeito dessa cidade. Com certeza, iremos trazer um transporte mais barato, com mais qualidade e mais acessível para todos".

No segundo bloco, os candidatos puderam escolher uma das perguntas respondidas por outros candidatos. Veja:

Pergunta: "Levando em conta que um dos poucos impostos que revertem dinheiro diretamente ao caixa do município é o ISS (Imposto sobre Serviços), que é decorrente do faturamento das empresas sediadas no município, como a sua administração pretende ampliar essa arrecadação?

Resposta de Paulo Ferrarezi (MDB): 

"A economia da nossa cidade vai melhorar quando nós atrairmos novas empresas e fortalecer aquelas empresas que estão instaladas na nossa cidade. Essa semana, conversamos com um empresário que está se mudando para o município de Içara com 60 funcionários, a empresa dele não conseguiu se colocar no município de Criciúma e está se instalando no município de Içara. No final do ano nós podemos perder uma grande empresa aqui em Criciúma. Com isso, vai diminuir a arrecadação do ISS no município. O PIB do nosso município é um dos menores de Santa Catarina a nível de população. Então precisamos melhorar. De que maneira? O Porto Seco faz 30 anos e a nossa população está com cerca de 40% da pavimentação no Porto Seco. De que maneira as empresas vão se instalar se nem a pavimentação for instalada? Quanto prefeito, uma das minhas primeiras ações é pavimentar o Porto Seco para atrair novas empresas. As empresas querem se instalar, mas infelizmente isso não acontece pelo governo municipal. Na nossa área industrial, que há dois anos quase foi instalada, foram vendido alguns terrenos para essas empresas se instalarem. Nós temos um galpão, construindo outro na área industrial do Verdinho. Então precisamos fiscalizar. Por que não está acontecendo? Se não há interesse, por que foi adquirido esse terreno? Precisamos estar com nossos empresários, discutindo com os empresários e construindo um plano para melhorar, aumentar o excesso na nossa cidade, aumentar a arrecadação".

Pergunta: "Como você pretende agir em relação a isenção de IPTU para o Criciúma E.C., aprovada pela Câmara de Vereadores e vetada pelo prefeito Clésio Salvaro?"

Resposta de Vagner Espíndola (PSD): 

"Ricardo, nós precisamos entender que para ser prefeito da cidade a gente precisa ser gestor. E quando a gente fala em gestão pública nós temos alguns princípios que são constitucionais e que temos que seguir. A legalidade, a impessoalidade, a eficiência, a moralidade. E esses princípios que nos norteiam nos deixam muito claro, à luz do direito, o que nós podemos e o que nós não podemos fazer. Fazer média, chegar aqui e dizer 'vou dar a isenção para o IPTU', não é esse o instrumento jurídico perfeito que nós vamos fazer. Até porque eu sou torcedor do Criciúma, eu levo meu filho no campo, é o time do coração. Agora, nós precisamos saber que foi uma decisão da justiça, não foi uma decisão do governo, que tornou o Projeto de Lei inconstitucional e todos sabiam que era inconstitucional. O que nós fizemos? Uma consulta ao Tribunal de Contas, de forma responsável, e o Tribunal de Contas nos deu o instrumento perfeito, qual é a lei do patrocínio. Será esse que nós construiremos junto com a diretoria do Criciúma Esporte Clube? E que traremos, sem dúvida nenhuma, uma segurança jurídica para todo este processo, fazendo com que o time que vai disputar competições nacionais, internacionais, leve cada vez mais a nossa cidade, divulgue cada vez mais as boas ações. Nós estamos tendo e recebendo times hoje que praticamente lotam toda a nossa rede hoteleira, consomem toda a nossa parte gastronômica da cidade. ISS, Paulo, não se confunde com ICMS, quando se fala em empresa, nós estamos falando em ICMS. ISS na questão são os prestadores de serviço. E fazer esse incentivo ao Criciúma, com certeza irá incentivar os micro e pequenos empreendedores de Criciúma que movem toda a nossa economia e que precisam ter este olhar". 

Pergunta: "O que fazer para zerar a fila de atendimentos na rede pública de saúde e não deixar que se crie uma nova fila?"

Resposta de Ricardo Guidi (PL): 

"Respondendo ao candidato Vaguinho, já estão no governo, podiam ter aproveitado esse momento e implantado essa lei. Mais do que tudo isso, a gente quer ter parcerias na área de esporte, na área de desenvolvimento econômico da cidade. Agora, falando em saúde, é muito importante destacar as filas, que são uma reclamação constante na nossa cidade. E como nós vamos fazer para eliminar essas filas? Nós vamos valorizar melhor principalmente os especialistas, que tem filas maiores, e remunerar de forma melhor para valorizar esses profissionais. Não se admite que hoje esses profissionais recebam melhor em cidades vizinhas a Criciúma do que aqui. E por isso eles não têm interesse em prestar o serviço e o povo acaba sofrendo, esperando meses, às vezes até mais de um ano para conseguir uma consulta. Nós vamos remunerar os nossos especialistas. Outra forma que a gente também espera fazer para diminuir essas filas são novas UPAs. Nós vamos criar uma UPA no bairro Santa Luzia, uma UPA na Quarta Linha e, como o nosso governo tem uma preocupação muito grande com a criança, vamos fazer uma UPA infantil. Como nós vamos fazer isso? Claro, com os recursos da prefeitura, mas nós vamos buscar recursos federais. Tem muitos programas federais que ajudam a pagar essa conta e já no ano que vem eu garanto trazer, no mínimo, R$ 30 milhões em recursos de emendas federais dos deputados para o nosso município. Outra preocupação muito grande na área da saúde é a saúde mental, que nós recebemos muitas reclamações, como o próprio vereador Paulo Ferrarezi falou, de anos para que consiga uma consulta para cuidar da depressão, que é um problema grave que a nossa cidade vem enfrentando. Então a gente vai investir, valorizar os profissionais, os servidores que fazem esse atendimento, fazer uma saúde mais humanizada, pensando na agilidade tão necessária naquele momento que a gente enfrenta alguma dificuldade na área da saúde".

Resposta de Arlindo Rocha (PT): 

"Primeiro, quero dizer que qualquer expressão que eu faça aqui diz respeito à mensagem, não ao mensageiro, ou seja, tenho total respeito a todos os nossos pré-concorrentes. Bom, parece até uma utopia o que eu ouvi aqui. Passaram tantas gestões e não se resolveu esse problema. Como é que se resolve isso? Comprando. Vamos comprar da Unimed, vamos comprar do particular. O que acontece aqui é que nunca houve interesse disso. Olha aqui quem está à mesa. Um que está no governo, governando e não resolveu. Três vereadores. O prefeito pode direcionar para a educação, para a infraestrutura e está sendo muito bem avaliado. Agora, na saúde, quando o prefeito direciona essa verba, ele faz, ele compra. Quando ele não faz, o vereador pode fazer. Ferrarezi, vereador. Ricardo, vereador. Kaminski, vereador. Eu nunca vi eles pedirem para a LOA [Lei Orçamentária Anual], para haver investimento público para comprar saúde. Eles podem mexer no orçamento. Nunca brigaram por isso. E o deputado agora, que é concorrente também, tem R$ 40, 50, 60 milhões de emendas. Nunca direcionou para isso. Quando eu era prefeito lá em Maracajá, ele direcionou uma emenda para ajudar o município, mas para fazer determinada obra para o vereador que era seu cabo eleitoral, pensando na próxima eleição. Assim que é gasto essas emendas? Dá para fazer sim. É comprar isso. O governador teve outro dia aqui, viu, deputado e concorrente, e não sabia onde era o Hospital Santa Catarina. Nem que existia o Hospital Santa Catarina. Vocês só conversam sobre a próxima eleição. Tem gente morrendo na fila, ou passando muita dor e muito sacrifício. É para eles que eu vou dizer. Eu vou comprar para vocês isso. E vocês vão ter a saúde, porque é um direito de vocês. E vão deixar de ser enganados por essa gente que está aí fazendo campanha para a próxima eleição". 

Resposta de Júlio Kaminski (PP): 

"Não tem como não discutir depois de provocado. Realmente, nós precisamos fazer um trabalho muito mais intenso do que foi realizado. Estamos deixando muita gente, e eu faço um exemplo muito claro. Até outro dia eu citava para Adelor, numa das entrevistas, sobre uma criança de sete anos. Eu recebi a informação essa semana de que ele tem uma boa notícia para me dar. Eu espero realmente que essa boa notícia aconteça. Uma criança de sete anos, em especial, que precisa de um transplante de córnea, que tem uma ressonância magnética a ser feita assistida. E nós não temos hoje, em Criciúma, esse tipo de trabalho. É lamentável. O meu antecessor equivoca-se na medida em que ele diz que nós não temos feito nada enquanto vereadores. Não é verdade. Das duas uma, ele deve estar concentrado ainda em Maracajá e não se deu conta de que Criciúma é uma outra cidade, ou ele realmente não quer enxergar o que está acontecendo. Infelizmente, Criciúma deve muito em relação à saúde. Deve muito. E todo o trabalho que será realizado será em parceria com a educação, de um trabalho de prevenção. O vereador cobra. O vereador diz o quanto necessita. Mesmo as transposições orçamentárias são realizadas. Porém, quem executa é o executivo. Talvez uma das razões pelas quais nós estamos nos alçando a essa possibilidade. Por quê? Porque nós devemos muito. Nós devemos muito em relação à saúde. Você vê as pessoas em uma fila esperando. Você vê aquela pessoa que foi esquecida há seis, sete anos por uma cirurgia de coluna, que uma ligação telefônica acaba despertando. Nossa, o que é que acontece? Será que esqueceu?".

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