O primeiro debate com candidatos ao Senado em Santa Catarina ocorreu na manhã desta segunda-feira (22), na Rádio Som Maior, durante o Programa Adelor Lessa. Saúde, diferenças políticas e infraestrutura estiveram entre as principais pautas abordadas. Foram convidados todos os candidatos com mais de cinco representantes no Congresso Nacional. No entanto, Raimundo Colombo (PSD) optou por não comparecer.
Assista ao debate na íntegra:
O debate começou às 7h30, com transmissão simultânea no Portal 4oito, YouTube e Facebook da FM 100,7. Antes de dar início à pauta, foi realizado o sorteio que definiu a ordem: Afrânio Boppré (PSOL); Dário Berger (PSB); Celso Maldaner (MDB); Luiz Barboza Neto (Novo); Jorge Seif (PL); Kennedy Nunes (PTB); Hilda Deola (PDT).
No primeiro bloco, os candidatos responderam aos questionamentos dos jornalistas Adelor Lessa e Upiara Boschi. Já na segunda, terceira e quarta etapa do programa, os candidatos poderiam perguntar entre si e, após as respostas, fazer réplicas e tréplicas aos concorrentes.
Deficiências na saúde
Este tema está entre as maiores preocupações dos catarinenses. Além da crise na saúde, por conta da lotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a situação dos hospitais filantrópicos em todo o estado que atendem via Sistema Único de Saúde (SUS), como é o caso do São José, também preocupa. Isso porque, a exemplo da entidade criciumense, há um desequilíbrio financeiro - as despesas são muito maiores que a receita.
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Assim, diante desse cenário, o primeiro questionamento foi justamente sobre as propostas para tratar sobre a política do SUS em relação aos hospitais filantrópicos.
Para muitos candidatos, a situação ressalta a necessidade de se repensar os valores repassados às entidades, algo que não tem sido feito nos governos atuais. Aliado a isso, defende-se a criação de um hospital público regional para atender as demandas da região carbonífera.
Ainda, em mais de um momento, foi levantada a questão das extensas filas de espera para as cirurgias eletivas.
Polarização e diferenças política
As diferentes opiniões e a polarização política também estiveram em pauta. Afrânio Boppré questionou Kennedy Nunes sobre a possibilidade de não se acreditar no resultado das urnas a depender dos resultados. O candidato do PTB, em resposta, afirma que não é contra, apenas defende a revisão de o escrutínio se tornar público.
Para Dário Berger, a gestão de Jorge Seif, enquanto secretário de Aquicultura e Pesca, ‘criminalizou’ os pescadores ao apontar que eles estariam recebendo seguro de forma incorreta.
A questão do fundo partidário também esteve em evidência. Luiz Barboza questionou Celso Maldaner sobre o uso dos valores em campanhas eleitorais. Em sua resposta, o político garante que não votou no fundo eleitoral e acrescenta que “fazer política é um sacerdócio, é doação”. Ainda, o emedebista afirmou que ‘nunca fez política com dinheiro público’ e sempre tirou do ‘próprio bolso’.
Hilda Deola criticou a falta de representação feminina em relação às candidaturas ao Senado, visto que ela era a única mulher presente no debate.
Infraestrutura e agronegócio
Agricultura é vista por alguns dos candidatos como uma das potencialidades de Santa Catarina. Para incentivar o agronegócio, além de valorizar o produtor rural - por meio de linhas de crédito, por exemplo -, é fundamental investir em obras que abrem caminhos para o crescimento.
Isto é, a pavimentação de rodovias estaduais e federais, com destaque para a BR-285, que liga SC ao Rio Grande do Sul.