Os fortes ventos assustaram o Sul catarinense na tarde desta terça-feira, 29. A viração começou em Criciúma por volta das 13h, com ventos na barragem do Rio São Bento chegando aos 78 km/h. Em Arroio do Silva, na Amesc, uma rajada atingiu o município no começo da manhã e outra no começo da tarde. Foi batida a marca anterior de 85km/h e o sopro mais forte chegou aos 100 km/h, segundo o climatologista Márcio Sônego.
Na Região Carbonífera, Içara registrou ventos de 75 km/h e e 61 km/h em Urussanga. Na Amurel, onde mais de 21 mil residências estavam sem luz até as 15h15, o vento chegou à marca de 75 km/h na cidade de Tubarão e 70 km/h em Jaguaruna. A Defesa Civil ainda não tem informações sobre o motivo da queda de energia, mas afirma que ela está ligada ao temporal.
"O vento forte causou problema em vários pontos. Não sabemos de algo de maior gravidade, mas a princípio são vários pontos que deram problemas. Quando tem vendaval é comum que objetos atinjam a rede. Geralmente, é isso o que acontece, mas ainda não temos detalhes. Estamos indo para o centro de operações para analisar e nove equipes estão no campo para trabalho de reparo”, explicou Helton Julio Perraro, gerente da unidade de Tubarão.
Em Criciúma, a queda de temperatura acompanhou as nuvens que cruzaram a cidade. O termômetro da Satc chegou a marcar os 35ºC às 13 h. Já Às 14h, a temperatura foi de 21 ºC: queda de 14 graus em uma hora. Na região, 1,5 mil residências chegaram a ficar sem luz;
"O vendaval chegou e fez um estrago. Houve rompimento de cabo, queda de postes, muito objeto arremessado na rede, lona, outdoor, telhas. Tudo isso contribuiu para os desligamentos, incluindo árvores arrancadas", explicou o gerente da regional de Criciúma da Celesc, Zulnei Casagrande.
O tempo está abrindo na cidade, mas o alerta para tempestade e chuva de granizo segue até o resto do dia.