Com oito votos a favor, os vereadores de Criciúma aprovaram projeto encaminhado pelo prefeito Clésio Salvaro (PSDB), que trata da redução das funções gratificadas no município. Com outras economias, Salvaro projeta uma redução de R$ 1 milhão nos gastos da prefeitura devido à crise do coronavírus. “Todos os vereadores debateram o assunto, momento diferente que estamos vivendo e precisa ser bem debatido. Estamos no mesmo barco e todos têm que contribuir. Conversamos com os vereadores, estamos olhando os salários com cuidado. Vamos ter uma reunião na terça-feira, formular um projeto de lei para cortes de gastos na Câmara. Todos têm, que se ajudar”, destaca o presidente do Legislativo, Tita Belloli (PSDB).
O vereador Ademir Honorato (MDB) foi um dos seis que votou contra o projeto, e explicou os motivos. “Em reunião com os vereadores e secretários, o prefeito disse que ia fazer um projeto em conjunto com o desconto do salário de todos, do prefeito, do vice e dos vereadores. Mas o projeto enviado é para redução somente de servidores. Descumpriu o que tinha apalavrado com os vereadores e secretários. Ficou uma situação vexatória. Tinha que ser feito em conjunto, mas desconta de 1,7 mil trabalhadores que vão fazer parte deste desconto do salário. E os outros?”, enfatiza o vereador, lembrando que os trabalhadores da saúde foram poupados e que os servidores incluídos no projeto terão cerca de 10% de perda momentânea nos vencimentos. “O corte nos salários do prefeito, do vice e dos secretários ele garantiu que vai mandar na semana que vem”, pontua Honorato.
O líder do Governo na Câmara, Aldinei Poteleki, ressaltou que o Município encontrou uma forma de não demitir funcionários e uma forma legal. “Já que não é possível, é ilegal, cortar salários, desde os efetivos, como também dos comissionados. Só é permitido dentro das funções gratificadas. Esses servidores com função de confiança que recebem um ‘plus’ a mais em seu salário. É sobre essa função gratificada que há esse desconto. Não atinge o salário-base dos servidores”, cita Poteleki, acrescentando que também é estudado a elaboração de um projeto de lei para cortar na Câmara.
O corte deve gerar em torno de R$ 600 mil em economia, que aliado à outras iniciativas, pode chegar a R$ 1 milhão que serão destinados ao Fundo para Combate do Coronavírus.