Valdenir Zanette foi homem do rádio. Com o seu "No Rancho do Zé do Mato", fez sucesso por anos a fio nas rádios Difusora e Eldorado de Criciúma e Difusora de Içara. Nesse meio tempo, exerceu dois mandatos de vereador e, antes, durante e depois disso tudo, teve papel decisivo no canto coral criciumense, como maestro da Associação Coral de Criciúma, criador de outros vários coros e um dos idealizadores do Festival Internacional de Corais.
Para enaltecer a memória do saudoso professor, falecido em 2007, a Câmara fundou, em 16 de dezembro de 2008, o Centro de Memória Valdenir Zanette, um espaço para armazenar, guardar e expor a história de Criciúma do ponto de vista do Legislativo, enumerando documentos e fotos da cidade dos anos 30 em diante.
O abandono do Centro de Memória foi lembrado nesta segunda-feira, na sessão da Câmara, pelos vereadores Zairo Casagrande (PSD) e Toninho da Imbralit (MDB). "Já que temos boas notícias sobre a nova sede da Câmara, quem sabe não destinar um espaço mais adequado para o nosso Centro de Memória", sugeriu o vereador Zairo. "Ali tem todos os registros e documentos de valor histórico, tem documentos da década de 30, fotos, manuscritos de ex-prefeitos e ex-vereadores. Foi um pedido que recebemos da dona Vilma Zanette, viúva do homenageado", enfatizou.
O vereador Toninho lembrou que, por algum tempo, o Centro de Memória funcionou em uma sala no térreo do Centro Profissional, onde está localizada a Câmara. "E na época que eu era o presidente da Câmara cedemos o pessoal para ajudar a manter o Centro estruturado, não sei como está agora", pontuou.
A sala destinada ao Centro de Memória encontra-se fechada e com caixas e documentos acumulados.