O desvio de carnes investigado pela Polícia Civil na Afasc (Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma) foi tema de muitas discussões nos últimos dias. Em sessão realizada nesta terça-feira, 22, na Câmara, os vereadores Ademir Honorato (MDB) e Julio Kaminski (PSDB) mostraram sua insatisfação em relação à entidade, exigindo maior transparência.
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“É inadmissível se falar em tonelados de desvio de carnes, algo que não deve ter acontecido em um curto espaço de tempo, sem que ninguém perceba. A polícia tem que exercer o seu papel e investigar, verificar se há a existência de mais pessoas envolvidas no caso”, comenta Kaminski.
Segundo Kaminski, o "escândalo do desvio de carnes" serviu para que uma “luz vermelha” fosse acionada em relação à Afasc, que recebe cerca de R$ 40 milhões ao ano do município. O vereador comenta que a associação precisa exercer a transparência de todas as ações que são feitas com esse dinheiro público, além de criar rotinas que aumentem a fiscalização dos materiais.
“Nós, vereadores, precisamos tomar essas atitudes, manifestando nossa posição. Já a Afasc precisa criar rotinas de acompanhamento, um controle interno e externo por pessoas que possam também fiscalizar esses materiais. O que importa neste momento é que nós precisamos intensificar essa ação. Não é o trabalho de três vereadores, é o trabalho de todos os 17”, afirma Kaminski.
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Para Ademir, este caso serve de alerta para que uma investigação mais intensa seja realizada em relação a Afasc. “Temos que investigar mais coisas para além disso. Para e pensa, se eu te mandar R$ 40 milhões ao ano, com dinheiro público, eu preciso da transparência para saber o destino desse dinheiro, por mais que você diga que está fazendo uma boa ação com ele”, diz Ademir.
O vereador do MDB ressalta a importância de que órgãos como a Afasc, que dependem de dinheiro público, tenham suas portas abertas para a transparência. “Esse dinheiro é 100% do município e eles não apoiam a transparência. Nós temos o portal da transparência “mais lindo de todos”, mas se você procurar o que quer acaba não achando. Eu desconfio sim desse caso e quero sim a investigação”, conclui Ademir.
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