Vereadores vão ao Sangão conferir reclamações

Moradores do Bairro Sangão, na zona sul de Criciúma, bloquearam a Rodovia Jorge Lacerda, no núcleo urbano da comunidade, no último dia 13. Na ocasião, reclamavam por limpeza no rio e pavimentação nas ruas, e lembravam os estragos que a comunidade sofreu com os alagamentos resultantes do temporal de 24 de maio. "Parece que não nos querem enquanto bairro, estamos entre Criciúma e Forquilhinha, mas os nossos impostos são recolhidos por Criciúma, e queremos as respostas de Criciúma", disse durante o protesto o presidente da Associação de Moradores, Diego Selau. Cerca de 300 pessoas participaram do ato naquele dia.

Na semana passada a comunidade prometeu um novo protesto, caso providências não fossem tomadas. O assunto foi levado à Câmara de Vereadores, com o pedido de uma audiência pública no bairro para elencar os problemas.

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Quatro parlamentares foram à comunidade na manhã desta quarta-feira, 26. Os vereadores Ademir Honorato (MDB), Edson Paiol (PP), Dailto Feuser (PSDB) e Salésio Lima (PSD), acompanhados da TV Câmara, percorreram as ruas e conversaram com moradores. "Mostramos as ruas com problemas e precisando de pavimentação, mostramos o rio para que eles vejam que precisamos da dragagem. Conversamos na beira do rio", relatou o diretor da associação, Gustavo Duminelli.

No diálogo com os vereadores, os moradores souberam que a dragagem anterior realizada no Rio Sangão, há alguns anos, resultou em problemas que geraram um impasse levado ao Ministério Público (MP-SC). "Aconteceu que o MP entrou com uma ação contra a prefeitura, segundo o presidente a prefeitura não teria pago a empresa que fez a dragagem na época, a empresa foi embora daí deu o processo. Os vereadores nos aconselharam a ir até o MP, procurar o promotor e tentar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para a empresa poder voltar e dragar de novo o rio", referiu o morador.

A secretária de Infraestrutura de Criciúma, Kátia Smielevski, concorda que o rio precisa de uma dragagem, mas explica que o processo não é simples. "Ocorre que o rio tem rejeitos de carbono e diferente de outras valas, em que tiramos o detrito e depositamos no local fazendo modelamento, no Rio Sangão tudo o que se retira tem que ser estocado em um depósito de rejeitos. Tudo o que se retira tem que ser feito com balsa, pela largura do rio. Temos que ter esse espaço para o material de rejeito", refere.

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A comunidade não descarta novos protestos com bloqueios da Rodovia Jorge Lacerda. O presidente do bairro lembra que, além da necessária dragagem do rio, há poucas ruas no bairro e seria necessário pavimenta-las, ainda ,mais que a usina de asfalto se encontra no Sangão. "Aquilo que foi prometido, a limpeza do rio, que desde janeiro não aconteceu, e a pavimentação das nossas ruas. Nós só temos sete ruas para ser pavimentadas", ressaltou Selau.

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