Muita gente que não precisa fez o cadastro e efetuou o saque do Auxílio Emergencial de R$ 1,8 mil - três parcelas de R$ 600 - fornecidos pelo Governo Federal em meio à pandemia de Covid-19. O assunto entrou na pauta da Câmara na tarde desta terça-feira, 16, em Criciúma.
"O número de pessoas que sacaram sem necessidade é muito grande, e quem tem necessidade tem dificuldade de acesso", comentou a vereadora Solange Barp (PL). "Tem gente que alegou que o seu cartão foi clonado, ou que pegou o dinheiro para auxiliar a faxineira. Isso não existe. Estou muito envergonhada, pois os políticos são taxados de corruptos", apontou. "Que seja aplicada multa por estelionato. Sugerimos alguma medida, claro que cabe mais ao Governo Federal, mas algo deve ser feito", referiu.
A vereadora destacou que "viu muitas pessoas conhecidas, de classe alta, na lista". "Vão dizer que foi engano? Mas foram no banco e pegaram o dinheiro. Então que tivesse avisado ao banco e devolvido", sublinhou a parlamentar. "Queria externar a minha vergonha com a população de Criciúma que fez isso", completou.
O vereador Toninho da Imbralit (PSDB) destacou o mesmo tema. "Vi na lista pessoas de classe alta que pegaram esse dinheiro. Eu considero isso um roubo, um absurdo, tirando de quem não tem. O governo tem que tomar medidas para recuperar esse dinheiro que é do cidadão brasileiro", frisou.