Uma dúvida muito comum que chega ao escritório é que tipo de material utilizar nas bancadas de cozinhas, banheiros, churrasqueiras e afins.
No mercado existe uma variedade bastante grande de materiais e, consequentemente, de valores. No Papo de Arquiteto dessa semana vamos fazer um breve resumo dos materiais mais utilizados atualmente, com seus pontos positivos e negativos, afim de deixar mais claro onde e quanto cada um pode ser utilizado.
Quando vamos definir o material a ser utilizado em um projeto, é vital que seja avaliada a sua aplicação. Primeiramente analisamos o local e a frequência de uso. Se a pedra estará exposta às variações do tempo, se terá contato com produtos de limpeza constantemente e até em relação ao atrito que ela poderá ou não sofrer durante o uso. Com isso em mente, vamos escolher aquele material que mais se encaixa técnica e esteticamente ao projeto.
Quem nos auxilia neste texto é o Bruno Brogni, representando a Ornamentto Superfícies, que integra o time das ótimas marmorarias que atendem aos profissionais de Criciúma e região.
Entre as pedras naturais, os mármores, quartzitos e granitos são os que mais confundem. O que os diferencia é a composição geológica. Na prática, o mármore é mais sensível a riscos e ao uso de produtos de limpeza (ataque químico), enquanto o granito oferece mais alta resistência a estes problemas. Já o quartzito combina a dureza do quartzo com a aparência do mármore.
Em resumo, os mármores resistem melhor quando são pouco exigidos. Melhor usá-lo em revestimento de áreas sociais e evitá-lo em cozinhas. Para isso, escolha entre o quartzito e o granito, eles são mais versáteis e resistentes.
O granito é, disparado, o mais utilizado. Ele tem uma boa resistência à riscos, às variações de temperatura e à manchas - tudo isso combinado a um preço atrativo (claro que ele varia, de acordo com o tipo escolhido). Por ser um material natural, precisa ser impermeabilizado periodicamente.
Mas nem sempre a estética das pedras naturais combina com o projeto ou com o estilo do cliente. Nesses casos podemos optar pelas bancadas de quartzo – um material composto de basicamente 94% de quartzo (material incolor muito resistente) e 6% de resina e pigmentos.
O quarzto é um material não poroso, muito resistente à manchas e que não precisa ser impermeabilizado. Também chamado de Silestone® - que é a marca, e não o material – ele é muito versátil, podendo ser utilizado em bancadas de banheiro e cozinha, desde que tomados os devidos cuidados, pois, por ter resina na sua composição, ele não resiste à altas temperaturas.
Não é aconselhável apoiar uma panela quente numa bancada deste material, pois ela pode trincar ou quebrar. Se você tem esse hábito e mesmo assim quer utilizar o quartzo na sua cozinha, o ideal é que sejam instalados filetes de inox que servem como apoio para objetos quentes, evitando que a pedra danifique.
Em resumo, o quartzo é uma ótima solução quando queremos fugir dos veios ou “granulados” das pedras naturais. Ganha quando o assunto é resistência à riscos e manchas, mas perde quando o assunto é temperatura.
Estão ganhando força no mercado as pedras sinterizadas. São um composto de pedras que passam por um processo químico e a elevadíssimas temperaturas para chegar no seu padrão final. O diferencial é a espessura (que varia de 3 mm a 12 mm) e o tamanho. Pode-se fazer bancadas de até 3,20 m sem emendas!
Esse material é mais conhecido pelos nomes comerciais, e talvez você reconheça se eu apresenta-lo por Dekton®, Neolith® ou Laminam®.
Grandes dimensões, diferentes acabamentos (desde lisos, até os marmorizados ou amadeirados), resistente à altas temperaturas, leve, resistente a arranhões, fácil limpeza, higiênico, adequado para zonas de alto tráfego, sem resinas, impermeável e reciclável. Aqui a única “desvantagem” é o preço. O investimento em uma pedra sinterizada é maior, se comparado às pedras naturais.
Em uma próxima edição vamos falar sobre bancadas de madeira, granilite, porcelanato, concreto, Corian® e inox! Se você tiver alguma dúvida, nos procure nas redes sociais!