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Ainda estou aqui

Por Aderbal Machado 20/02/2025 - 13:10 Atualizado em 20/02/2025 - 13:12

Nada a ver com o polêmico e discutido filme nacional, ante seus contextos político-ideológicos. Fiquei à margem das discussões em torno dele, seus méritos ou deméritos, sucessos ou derrotas. Deixa seguir.

O motivo e o título é sobre etarismo. À beira dos meus 81 anos, estou numa fase de normalidade para desprezo funcional, esquecimento, um ar de inutilidade ou precariedade operacional. Pois bem. Nas minhas duas últimas incursões pelo mundo do trabalho, fiquei lisonjeado e fui prestigiado, sem forçar a barra em nenhum momento – ao natural – com convite para ser apresentador do programa oficial de notícias da Rádio Câmara de Balneário Camboriú. Ali fiquei por dois anos e meio cheinhos de muita satisfação. Saí em 30 de dezembro de 2024. Espontaneamente, pois ali fui esplendidamente tratado e respeitado. E correspondi na mesma intensidade, como sempre deve ser.

Deixei o emprego, confesso que meio sem vontade, mas enfim...

É que tive convite para ser Coordenador de Patrimônio e Memória da Fundação Cultural de Balneário Camboriú (a rigor, coordenador do Arquivo Histórico da cidade) pela administração da primeira prefeita eleita da história da cidade, Juliana Pavan, minha amiga, como também o seu pai, eleito prefeito da cidade vizinha de Camboriú, num fato inédito e surpreendente até para as pessoas mais céticas, levado que fui pelas mãos de seu poderoso chefe de gabinete, Leandro Índio da Silva, meu amigo de anos e anos, numa relação de magnífica proximidade pessoal sempre.

E digo tudo para plenificar: em nenhuma das ofertas de emprego a idade pesou alguma coisa: nem meio grama. Nada. O resto seguiu trâmite convencional, comum a todos: um monte de documentos, certidões, declarações, exames, comprovação de proficiência e tais.

Sigo caminhando lentamente, forçado pelo peso do corpo que já não obedece muito bem. Mas ligadíssimo nos projetos que vão andar. Há muitos. 

Na verdade, fico imaginando: “E se eu fosse mais novo?”. E sentencio: “Se eu fosse mais novo não estaria aqui”. E me abraço, como quem deseje felicidades e muita coragem para encarar as procelas da vida. Ainda. O futuro a Deus pertence.

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